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BB já prospecta bancos no Chile, Peru, Colômbia e Uruguai
23/04/2010 | 07:00
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Depois de comprar o Banco Patagonia, da Argentina, o BB (Banco do Brasil) busca novas aquisições de instituições financeiras na América do Sul, segundo informou o presidente do banco, Aldemir Bendine, em Buenos Aires. Ele anunciou na quarta-feira a compra de 51% das ações do Patagonia por US$ 479,66 milhões.

"Já temos prospecções sobre bancos no Chile, Peru, Colômbia e Uruguai", afirmou. Segundo ele, a intenção é fortalecer o processo de internacionalização da instituição estatal, iniciada com o Patagonia.

Bendine revelou que a estratégia do banco federal é de pisar forte nos países com grande presença de brasileiros e companhias nacionais, como os Estados Unidos. "O maior número de residentes brasileiros fora do Brasil é nos Estados Unidos, com 1,4 milhão de pessoas", destacou.

Os papéis do Patagonia foram adquiridos dos sócios Jorge e Ricardo Suart Milne e Emilio Gonzáles Moreno. De acordo com fato relevante enviado à Comissão Nacional de Valores da Argentina, o BB pagará no ato 40% do valor do negócio (cerca de US$ 191 milhões) e o restante será pago "num determinado prazo".

O comunicado detalha que o preço terá ajuste entre a data de assinatura do contrato e o fim dos pagamentos em 3,5% anuais. A negociação entre o BB e o Patagonia teve início em meados de 2009 e foi concluída nesta semana.

O Patagonia tem ativos de US$ 2,570 bilhões, carteira de crédito de US$ 1,163 bilhão e depósitos de US$ 1,717 bilhão. A instituição tem 775 mil clientes com 155 pontos de atendimento, 417 caixas eletrônicos e 2.660 empregados.

O BB não pretende acabar com a marca do argentino. "O que mais nos atraiu foi a gestão dos executivos do Patagonia e a sua presença no País. Pretendemos manter os profissionais e a marca", disse.

O vice-presidente de negócios internacionais do Banco do Brasil, Allan Simões Toledo, por sua vez, explicou que, após a aprovação das autoridades dos dois países, será feita uma OPA (oferta pública de aquisição) com as mesmas condições dadas aos sócios controladores também aos minoritários.

O acordo prevê que na OPA, o BB chegaria a ter 75% das ações, enquanto que Milne poderia ampliar os quase 10%, que restaram da venda ao estatal brasileiro, para 25%.




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