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Câmara de Diadema será alvo de protesto
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
09/06/2010 | 07:40
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Mergulhada em dívida da ordem de R$ 110 milhões, a ETCD (Empresa de Transporte Coletivo de Diadema) emprega hoje 370 funcionários, entre ativos e afastados. Sem garantia dos postos nem dos direitos trabalhistas, o Legislativo será amanhã palco de protesto.

Representantes da Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) da ETCD farão uso da Tribuna Livre, espaço destinado à manifestação de populares ou movimentos sociais organizados.

Mas além de motoristas e cobradores da empresa municipal que está prestes a fechar as portas, haverá representantes de outros segmentos sociais da cidade, como de moradia, terra, Educação, Transportes e até mesmo juventude.

Pelo menos isso é o que ficou decidido na reunião de domingo à tarde, na Praça Lauro Michels, região central da cidade, que a reportagem acompanhou. Cerca de 40 pessoas combinavam ali as ações para mostrar à população o posicionamento contrário ao fechamento da ETCD. Desde ontem, por exemplo, informativos estão sendo distribuídos em pontos centrais aos usuários de ônibus.

"Somos um grupo especial sim e temos de ir na Câmara, afim de que um direito do trabalhador, do idoso e do próprio estudante não seja tirado da gente", afirmou Valdir Siqueira, universitário de Ciências Sociais e morador na Vila Conceição.

O jovem se referia ao Bolsa-Transporte, benefício de gratuidade nos ônibus oferecido pela Prefeitura e que não está sendo renovado.

A fala foi reforçada pelo professor Eduardo Moraes, que leciona Sociologia e História nas escolas estaduais da cidade. "Convidarei meus alunos para assistir aula prática na Câmara: como um prefeito entrega uma empresa pública à iniciativa privada", apontou.

A administração Mário Reali (PT) justifica a privatização como processo de modernização do transporte coletivo da cidade. A ETCD opera 40% da frota municipal - os outros 60% ficam a cargo da Viação Imigrantes.




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