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TST pode acabar com crise da ETC de Diadema
Gislayne Jacinto
Do Diário do Grande ABC
19/09/2003 | 23:26
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O TST (Tribunal Superior do Trabalho) apresentou esta sexta-feira proposta que pode pôr fim à crise da ETCD (Empresa de Transporte Coletivo de Diadema) provocada pelo dissídio dos funcionários. Durante reunião de conciliação realizada esta sexta-feira em Brasília, entre funcionários e representantes da empresa, ficou acertado que será submetida a uma assembléia uma proposta de reajuste de 6% a partir de 1º de setembro de 2003, abono de 9% a ser pago de outubro próximo a dezembro de 2004, além de estabilidade até o fim do ano que vem.

Segundo informações divulgadas pelo TST, no início da reunião os trabalhadores pediam 16% de reajuste, proposta esta que faria a equiparação dos salários dos motoristas da ETCD com os das empresas particulares que ganham R$ 1.355. Já o representante da empresa, o vice-prefeito Joel Fonseca oferecia 6% divididos em duas parcelas, segundo o TST.

O presidente do órgão, o ministro Francisco Fausto, e o procurador do Trabalho, Edson Brás da Silva, fizeram intervenções com a intenção de chegar a um acordo desde que os dois lados cedessem.

Pela proposta do TST, os 15% serão divididos em 6% de reajuste e 9% de abono para que este último percentual não incida sobre os encargos sociais.

A oferta ainda terá de ser submetida em assembléia da categoria. Novo encontro entre representantes da empresa e funcionários está marcado para a próxima quarta-feira, às 10h, quando o acordo poderá ser fechado se houver a aprovação dos trabalhadores.

Pela proposta, ainda haverá o pagamento de benefícios que tinham sido suspensos, como o tíquete-alimentação durante as férias e os cinco dias de bonificação que também eram somados ao período de férias quando os funcionários preenchiam o requisito de assiduidade.

“Sob o ponto de vista do interesse público, esse acordo é muito razoável porque a divisão do percentual entre o reajuste e abono alivia o gasto da empresa com encargos sociais. E sob o ponto de vista social, o acordo também é um avanço e demonstra amadurecimento dos trabalhadores”, disse o ministro Francisco Fausto por meio da assessoria de imprensa.

Recurso – O caso do dissídio da ETCD foi parar no TST porque o TRT (Tribunal Regional do Trabalho) concedeu reajuste de 21,9%, mas a empresa discordou da decisão e recorreu em Brasília.

O vice-prefeito Joel Fonseca foi procurado, mas a assessoria de imprensa da prefeitura informou que não conseguiu localizá-lo para comentar o assunto.

O Diário também tentou falar com o presidente da Comissão de Garagem da ETCD, Luiz Mascarini, que participou da reunião, mas até as 22h ele não havia dado retorno.




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