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Serviços pressionam inflação este ano
07/01/2012 | 09:21
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A inflação deste ano deve continuar pressionada pelo preço dos serviços e ficar acima do centro da meta, concordam os economistas ouvidos pelo jornal O Estado de S.Paulo. Eles projetam que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a medida oficial da inflação, fique entre 4,8% e 5,5% em 2012, cerca de um ponto porcentual menor do que o resultado de 2011.

"Há uma resistência na inflação dos serviços", afirma a economista Zeina Latif, alegando que esse é o foco de preocupação com a inflação deste ano. Segundo a economista, o principal insumo dos serviços é a mão de obra e esse custo começou o ano pressionado pelo reajuste do salário mínimo e de outros salários, em razão da escassez de trabalhadores.

Fabio Silveira, diretor da RC Consultores, pondera que a pressão do preço dos serviços deve ser mais intensa no primeiro semestre deste ano porque no segundo semestre o mercado de trabalho já deve dar sinais de arrefecimento. Além disso, os reajustes dos contratos indexados aos IGPs acumulados em 12 meses tenderão a perder força mês a mês. Nas contas da economista, a massa salarial deve crescer neste ano 2,5% e os IGPs indicam aumentos na faixa de 5%. No ano passado, esses dois indicadores estavam em 4,5% e 11%, respectivamente.

"A renda mais elevada, o desemprego ainda baixo e a demanda aquecida devem pressionar o preço dos serviços este ano", diz o economista da Tendências, Bruno Brito. Entre os três grupos de preços que compõem a inflação, a consultoria projeta que os serviços terão a maior variação em 2012: 8,5%. Já os preços livres devem subir 6,6% e os administrados, 4,5%.

Brito observa que, em 2011, os preços dos serviços aumentaram 9,01%. Apesar de a projeção da consultoria indicar uma variação menor dos serviços(8,5%), este será mais um ano com a inflação dos serviços subindo acima do centro (4,5%) e do teto da meta de inflação (6,5%). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




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