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Novas regras para ficar no Reino Unido
Heloísa Cestari
Do Diário do Grande ABC
11/08/2005 | 11:36
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O governo do Reino Unido adotou novas regras para a imigração. A partir do dia 13 de novembro, quem não for membro da Comunidade Européia e quiser permanecer mais de seis meses no país terá de obter visto de um consulado britânico antes de viajar. A nova medida deverá atingir principalmente estudantes, que geralmente precisam se manter no país por um período de, no mínimo, seis meses a um ano para concluir cursos de idioma ou completar o ano letivo. Mas, para o turista comum, a tendência é que as recentes determinações para concessão de vistos não interfiram e até facilitem a viagem.

Além de simplificar o procedimento, a nova regra tornará a visita mais barata ao turista: uma taxa única para emissão do visto, no valor de 85 euros (cerca de R$ 240), permitirá ao viajante permanecer na Grã-Bretanha por todo o período sem ter de solicitar visto de residência – a não ser que pretenda estender a viagem por um tempo maior do que o inicialmente aprovado pelo consulado. Para intercambistas, a medida também tende a ser revertida em vantagens ao bolso, já que o valor pago para a extensão da permanência de estudante atualmente ultrapassa a casa dos R$ 1 mil.

Em compensação, para dificultar o trabalho ilegal de brasileiros na Grã-Bretanha, desde o início do ano as autoridades inglesas passaram a exigir a apresentação da passagem aérea com data de retorno, endereço de hospedagem e um comprovante de trabalho fixo no Brasil.

Também é importante lembrar que ter o visto em mãos nem sempre é garantia de entrada no país, alerta o cônsul geral da Grã-Bretanha no Rio de Janeiro, Paul Yaghmourian, pois a permissão definitiva só é dada pelo oficial de imigração, que entrevista o viajante depois de seu desembarque em solo inglês. Mas ter requerido o visto no consulado reduz as chances de ser barrado em território estrangeiro.

Viagens curtas – Para o turista que pretende permanecer no Reino Unido por menos de seis meses, por sua vez, as regras continuarão as mesmas, ou seja, não será exigido visto. No caso de estudantes, no entanto, é aconselhável que o aluno verifique se o curso e a escola escolhidos têm registro no Ministério da Educação. Caso contrário, poderá não entrar no país devido às autoridades não reconhecerem a instituição.

Tanto na Inglaterra quanto nos demais países da União Européia, aliás, o turista brasileiro não precisa de visto, mas deve ter passaporte com validade superior a seis meses e bilhetes aéreos de ida e volta com permanência máxima de 90 dias. Além disso, vários países do chamado espaço Schengen – território sem fronteiras internas que inclui Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Itália, Islândia, Luxemburgo, Noruega, Holanda, Portugal e Suécia – exigem seguro-saúde e a comprovação de renda suficiente aos dias de viagem para abrir definitivamente suas portas aos visitantes tupiniquins.

Terrorismo – Embora as novas regras tenham sido anunciados pelo ministro de Estado britânico, Tony McNulty, apenas cinco dias após os atentados de 7 de julho contra um ônibus e quatro estações de metrô, Yaghmourian garante que não tem relação com os ataques terroristas. Segundo o cônsul, a regulamentação tem sido elaborada desde 1997 e abrange toda a União Européia.

De acordo com dados do Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido, cerca de 120 mil brasileiros visitaram o país em 2004. Destes, 18 mil eram estudantes, segundo o British Council (www.britishcouncil.org.br), organização internacional oficial do Reino Unido para assuntos culturais e educacionais. Mais informações sobre as novas regras de imigração podem ser encontradas no site da Embaixada Britânica: www.reinounido.org.br.




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