Santana estava em sua picape Saveiro branca quando foi surpreendido por pelo menos um rapaz armado, que atirou contra ele na nuca. A polícia não achou testemunhas. O local é conhecido como ponto de prostituição. Não há confirmação se o sargento estava a trabalho ou em dia de folga, mas uma viatura da Rota chegou logo em seguida ao carro da vítima, o que poderia caracterizar apoio do policial.
Há a possibilidade, não confirmada pelo Copom (Centro de Operações da Polícia Militar) de São Paulo, de que havia uma investigação do Gradi (Grupo de Repressão e Análise de Crimes de Intolerância), ligado diretamente ao gabinete do secretário de Segurança Pública de São Paulo, naquela área. Há um ofício de janeiro ao 4º DP da cidade pedindo informações sobre a agressão ao instrutor de test-drive E.M., 42 anos, em agosto de 2002. Na ocasião, ele fora assaltado por três travestis na avenida Industrial. O trio se aproximou do veículo quando E. parou em um semáforo, retirou do carro para agredi-lo com chutes e socos, além de quebrar os vidros do veículo. R$ 500 foram levados do instrutor.
Na mesma noite de sábado, o motorista Enio Batalhia, 27 anos, foi baleado na altura do peito quando passava com seu Tempra no cruzamento da rua dos Coqueiros com a avenida Industrial, quase no mesmo horário do crime contra o sargento.
O motorista foi socorrido e levado para o Hospital Heliópolis, em São Paulo, onde permanece internado em estado grave. O comando da Rota espera por uma recuperação de Batalhia para que este possa fazer o reconhecimento de Anderson Alves de Almeida, 29 anos, preso pela Rota por porte ilegal de arma e por receptação, na tarde de domingo, na favela dos Ciganos, em Santo André. No local, a polícia encontrou a pistola calibre .40 do sargento morto. “Ele é suspeito do crime por ter sido preso com uma arma, perto de onde foi encontrada a arma do policial”, disse o delegado Fábio Sanchez Sandrin.
Colaborou Ana Macchi
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