O MPF (Ministério Público Federal) entrou nesta quinta-feira com uma Ação Civil Pública na Justiça Federal, com pedido de liminar, para que o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra) desobstrua a rua em frente à sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Curitiba, Paraná.
Segundo o procurador regional dos Direitos do Cidadão Sérgio Cruz Arenhart, as barracas montadas no centro da cidade por cerca de 1,5 mil integrantes do MST desde a esta terça-feira estão obstruindo a via e calçadas.
O MPF argumenta que não se trata de impedir a manifestação de um movimento social, "mas, sim, de atender aos reclamos da razoabilidade e da proporcionalidade”.
“Para lutar por seus direitos e encaminhar suas reivindicações ao Incra, o MST e seus manifestantes não necessitam fechar uma via pública. Exercem, pois, um direito de forma abusiva e em prejuízo à população que utiliza a via pública interditada ilegalmente”, disse.
Reivindicações - Uma das reivindicações do grupo é a compra de áreas para o assentamento de 9 mil famílias. Nesta tarde, cerca de 250 integrantes do movimento discutiram a pauta de reivindicações com o secretário de Agricultura do Paraná, Valter Bianchini.
O MST também defende a assinatura de convênio retomando o programa de assistência técnica para os assentamentos de reforma agrária. De acordo com líderes do movimento, o programa está bloqueado há um ano e meio, prejudicando o acesso de 17 mil famílias a créditos agrícolas.
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