Os cinco estudantes acusados de espancar uma empregada doméstica receberam uma segunda denúncia. Além da acusação inicial de roubo qualificado, Rubens Arruda, Rodrigo Bassalo, Júlio Junqueira, Leonardo Andrade e Felipe Macedo Nery Neto também devem ser julgados por lesão corporal grave.

De acordo com a lei, a agressão física só pode ser considerada lesão corporal grave quando a vítima fica incapacitada de exercer suas atividades durante mais de 30 dias. O promotor da 38ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, André Ricci, afirmou que o laudo do IML (Instituto Médico Legal) mostra que Sirlei Dias Carvalho teve que ficar afastada do trabalho por mais de um mês.

A polícia entregou o inquérito à Justiça antes que se completassem 30 dias do crime, portanto os jovens ainda não haviam sido acusados de lesão corporal grave. Caso sejam condenados, os dos jovens de classe média alta podem pegar até 15 anos de prisão.

Quatro dos acusados estão presos enquanto aguardam julgamento. Nery Neto, que teria ficado no carro durante a agressão, recebeu um habeas-corpus e pode esperar em liberdade. Um novo interrogatório com os cinco estudantes deve acontecer nesta terça-feira.

Crime - Sirlei foi abordada pelos cinco jovens quando esperava um ônibus num ponto na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, por volta das 4h30 do dia 23 de junho. Os agressores chegaram em um Gol preto, pararam em frente ao local e começaram a atacar a vítima com socos, chutes e pontapés. Em seguida, fugiram com a bolsa da empregada.