Os tamborins, cuícas e pandeiros começam a esquentar e os sambas-enredo, a se afiar no pé e no gogó dos brasileiros à espera da largada para a festa mais popular do país. A menos de 20 dias do Carnaval, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Olinda, São Paulo, Búzios, Diamantina e Ouro Preto, entre tantas outras cidades Brasil afora, se preparam para movimentar as cifras do turismo recebendo multidões de foliões ávidos por celebrar os dias do Momo com toda a alegria que a data sugere, seja ao som de samba, axé, maracatu, frevo, dos tambores-de-crioula ou das saudosas marchinhas.

Como não poderia deixar de ser em se tratando de bagunça carnavalesca, cada região apresenta um estilo próprio de cair na folia: enquanto cariocas e paulistas desfilam fantasiados em bailes e nas passarelas dos sambódromos, com transmissão maciça na TV; maranhenses brincam de bumba-meu-boi em manifestações folclóricas cheias de cor; soteropolitanos correm atrás de trios elétricos hipnotizados pelo batuque frenético do axé; olindenses se divertem com os seus tradicionais bonecos gigantes; mineiros deixam o acanhamento de lado para encarar o sobe-e-desce de ladeiras contagiados pela irreverência dos blocos de rua das cidades históricas; e os recifenses esbanjam fôlego nos passos do frevo, impulsionados, desta vez, pelo aniversário de 100 anos do gênero musical. Haja energia! E criatividade também: em Marajó (PA), tem até Búfalo Elétrico – espécie de carro de som puxado pelo animal-símbolo da ilha – além dos desfiles de tribos indígenas típicos do Norte brasileiro.

Carnaval com sotaque estrangeiro? Tem também. Mesmo sem o nosso gingado, algumas localidades da Itália, Bélgica, Alemanha, México, Caribe e Estados Unidos festejam a data com confetes, serpentinas e bailes de máscaras.