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Classe E chega ao Brasil em duas versões de motores
Nilton Valentim
Do Diário do Grande ABC
17/09/2002 | 18:17
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Sonho de consumo automotivo tem a ver com eletrônica e dispositivos inteligentes de segurança. Essa é a senha para quem terá o privilégio de pilotar a quinta geração da Classe E, apresentada pela primeira vez no Salão de Genebra, na Suíça, em janeiro deste ano, e que agora ingressa no mercado brasileiro em duas versões de acabamento – Elegance e Avantgard – e duas de motores – E 320 e E 500. Cada uma dessas preciosidades da engenharia alemã reúne luxo e inovação tecnológica a preços nada modestos – R$ 233.688 para o E 320 e R$ 287.581 para o E 500.

O novo veículo de alto luxo traz como principais destaques os freios SBC (Sensotronic Brake Control), o chamado freio inteligente, que pela primeira vez equipa uma linha de série e possui sensores capazes de avaliar o comportamento do motorista e o do veículo para garantir maior segurança durante as frenagens. Outro destaque fica por conta da suspensão airmatic (apenas no E 500), que se adapta às condições do solo e ao modo de dirigir do motorista. Não é preciso dizer que o acabamento interno é impecável, até porque isso é um pressuposto do preço.

Ao fazer uma leitura das condições de deslocamento, os freios SBC programam-se automaticamente para entrar em ação. Se o carro estiver numa velocidade inferior a 15 km/h, por exemplo, o sistema entende que irá parar e aproxima as lonas dos discos, o que possibilita uma parada sem trancos. Outra inovação é o chamado freio seco. Em caso de chuva, o sistema de freios avalia a intensidade pluviométrica e, em um período entre sete e dez minutos, aciona levemente os freios para que as lonas encostem nos discos e os deixem constantemente secos para uma melhor situação de frenagem quando utilizados.

Ainda na questão segurança, a nova Classe E possui sensores capazes de avaliar em que tipo de colisão o carro se envolveu e, ao mesmo tempo, infla os air bags de dois estágios. Os pré-tensionadores dos cintos de segurança também são acionados de acordo com as necessidades do momento. Além disso, os side bags mudaram de local, saíram das portas e foram para os bancos. Segundo a montadora, essa alteração visa proteger ainda mais as pessoas de maior estatura ou que tenham o costume de utilizar o carro com os bancos afastados. Em caso de colisão lateral, os side bags evitam que os ocupantes batam a cabeça na coluna B do carro.

No interior, a Classe E é puro luxo. Os bancos em couro possuem regulagem eletrônica, além de vários pontos infláveis que aumentam o conforto do motorista e dos ocupantes. O sistema de ar-condicionado possui regulagem para as partes dianteira e traseira do carro. Além disso, pode ser ajustado de acordo com a preferência de cada um dos ocupantes do carro. A Classe E possui também o sistema de quatro quadrantes, que ajusta automaticamente a temperatura no interior do veículo de acordo com a posição e a intensidade do sol.

O acabamento interno varia de acordo com a versão escolhida. Na Elegance, o painel foi inspirado nos anos 60 e é revestido em madeira de lei (raiz de nogueira). Já a Avantgard, com estilo mais esportivo, traz mostradores de fundo branco e os detalhes do painel são em raiz de arce.

O conforto do motorista começa antes de entrar no carro. Ao se aproximar do local de estacionamento, caso seja necessário, uma luz de xenônio irá se acender nos retrovisores, para que ele possa visualizar a área próxima ao carro.

Com tantos detalhes, o motorista só vai se dar conta de que o carro possui um motor quando girar a chave. O E 320 vem equipado com um propulsor V6 (18 válvulas) de 224 cv de potência máxima a 5,6 mil rpm, que atinge uma velocidade máxima de 240 km/h e vai de zero a 100 km/h em 7,7 segundos. Já o E 500 vem com propulsor V8 de 24 válvulas, com 306 cv de potência máxima a 5,6 mil rpm, e atinge velocidade máxima de 250 km/h. Esse carro vai da imobilidade aos 100 km/h em 5,9 segundos.

A Classe E ainda tem capacidade para avaliar e se adaptar à forma de condução do motorista. Se ele pisa fundo no pedal do acelerador, o computador do motor se ajusta à maneira esportiva. Se for mais comedido, ele será mais manso, e terá como prioridade o conforto.




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