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Homem morto na Zona Sul de SP não seria morador de rua
Do Diário OnLine
02/09/2004 | 17:21
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A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo ainda não confirmou a informação da Polícia Militar de que um homem encontrado morto na madrugada desta quinta-feira, na rua Roldão Eufrásio Leal, Jardim Imperador, região do Parque Bristol, Zona Sul de São Paulo, seria um morador de rua. De acordo com a Secretaria, o local onde o corpo estava não é utilizado por mendigos e alguns detalhes diferem o assassinato dos ataques que vêm ocorrendo.

A vítima, supostamente morta com pauladas na cabeça, aparenta ter cerca de 25 anos e estava apenas com as roupas do corpo, sem nenhum documento ou pertences pessoais — diferente dos moradores de rua, que costumam carregar todos os pertences consigo. Além disso, a Secretaria informou que o homem estava com a barba e o cabelo bem aparados, as unhas limpas, assim como os pés. A vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu e morreu no hospital Jabaquara.

Outro motivo que coloca a tese em dúvida é o depoimento de alguns residentes da região. Eles teriam ouvido uma discussão em que a vítima implorava pela vida aos assassinos. Sendo assim, a maneira de matar seria diferente da utilizada contra os seis moradores de rua assassinados no Centro de São Paulo entre os dias 19 e 22 de agosto — na ocasião, todos estavam dormindo.

A ocorrência foi registrada no 83° Distrito Policial do Parque Bristol. A polícia agora vai investigar a ligação entre o crime desta quinta e os anteriores.

Investigações - As investigações acerca da chacina no Centro da capital paulista continuam. Nesta quarta, ganharam reforço da Polícia Federal, enquanto o Tribunal de Justiça de São Paulo decretou sigilo de justiça nas investigações.

A Polícia Civil, que é responsável pelo inquérito, também informou na quarta querer saber a relação das ligações de celulares que estavam na região central da cidade nos dias que ocorreram as agressões contra moradores de rua. As operadoras de serviço celular têm o prazo de 72 horas para informar a relação das ligações enviadas e recebidas e o horário delas.

Pistas - Até agora, cerca de 40 pessoas foram ouvidas e dois retratos falados foram divulgados. No começo desta semana, um ex-integrante de um grupo de intolerância prestou depoimento. Segundo o promotor responsável pelo caso, Carlos Roberto Marangoni Talarico, as informações dadas por esse último depoente devem ajudar bastante nas investigações. Ele negou conhecimento sobre a autoria dos seis assassinatos na capital, e revelou o modo de atuação da organização à qual pertenceu.




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