A vítima, supostamente morta com pauladas na cabeça, aparenta ter cerca de 25 anos e estava apenas com as roupas do corpo, sem nenhum documento ou pertences pessoais — diferente dos moradores de rua, que costumam carregar todos os pertences consigo. Além disso, a Secretaria informou que o homem estava com a barba e o cabelo bem aparados, as unhas limpas, assim como os pés. A vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu e morreu no hospital Jabaquara.
Outro motivo que coloca a tese em dúvida é o depoimento de alguns residentes da região. Eles teriam ouvido uma discussão em que a vítima implorava pela vida aos assassinos. Sendo assim, a maneira de matar seria diferente da utilizada contra os seis moradores de rua assassinados no Centro de São Paulo entre os dias 19 e 22 de agosto — na ocasião, todos estavam dormindo.
A ocorrência foi registrada no 83° Distrito Policial do Parque Bristol. A polícia agora vai investigar a ligação entre o crime desta quinta e os anteriores.
Investigações - As investigações acerca da chacina no Centro da capital paulista continuam. Nesta quarta, ganharam reforço da Polícia Federal, enquanto o Tribunal de Justiça de São Paulo decretou sigilo de justiça nas investigações.
A Polícia Civil, que é responsável pelo inquérito, também informou na quarta querer saber a relação das ligações de celulares que estavam na região central da cidade nos dias que ocorreram as agressões contra moradores de rua. As operadoras de serviço celular têm o prazo de 72 horas para informar a relação das ligações enviadas e recebidas e o horário delas.
Pistas - Até agora, cerca de 40 pessoas foram ouvidas e dois retratos falados foram divulgados. No começo desta semana, um ex-integrante de um grupo de intolerância prestou depoimento. Segundo o promotor responsável pelo caso, Carlos Roberto Marangoni Talarico, as informações dadas por esse último depoente devem ajudar bastante nas investigações. Ele negou conhecimento sobre a autoria dos seis assassinatos na capital, e revelou o modo de atuação da organização à qual pertenceu.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.