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Patchwork na moda
Raquel de Medeiros
Do Diário do Grande ABC
14/09/2008 | 07:11
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Nário Barbosa/DGABC


O artesanato vai ganhar espaço nas próximas estações. As peças feitas de patchwork estarão em alta e prometem colorir os armários femininos e também os masculinos.

A técnica, antes usada por quem não tinha condições de comprar roupas novas, ganhou glamour e transformou-se em arte ao unir pedaços de tecidos com diferentes formas, cores e estampas, formando produtos exclusivos.

Já aparecia com sucesso nas décadas de 1960 e 1970, quando as próprias indústrias começaram a produzir tecidos com inspiração no patchwork. Identificado como uma moda dos hippies, a técnica também foi assimilada pelos estilistas europeus da época, que passaram a fabricar inclusive roupas de alta-costura com a composição.

A arte também ganhou as passarelas da São Paulo Fashion Week e do Fashion Rio deste ano, nos desfiles de Alexandre Herchcovitch, 2nd Floor, Lino Villaventura, Triton, Vide Bula, Thais Losso, entre outros.

A antiga colcha de retalhos volta a ser transformada em moda. "A tendência surge por causa da inspiração nos anos 1970 que vai ser muito forte durante a primavera-verão", afirma a estilista Renata Mahaz, proprietária da marca que leva o seu próprio nome.

Moderno com cara de retrô - Apesar de atual, o patchwork é uma técnica bastante antiga. Se espalhou pelo mundo por conta da beleza e, principalmente, da necessidade. Foi criada no Oriente Médio, na época das Cruzadas, e depois acabou migrando para a Europa.

Chegou nos Estados Unidos por meio dos colonizadores ingleses, onde ganhou maior destaque.

Na época da colonização dos Estados Unidos, com a falta de dinheiro para comprar roupas novas e cobertores, as mulheres usavam sacos de farinha e ração animal para costurar mantas, juntando lã de carneiro ou algodão como recheio.

O patchwork era usado também para a elaboração de roupas e acessórios para casa. "Todo o material era reaproveitado. E assim, as famílias tinham o que vestir em períodos de muito frio", afirma a presidente da Associação Brasileira de Patchwork e Quilt, Vanessa Lott.




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