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Servidores poderão ter aumento
Dênis Cavalcante
Especial para o Diário
28/05/2005 | 07:22
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Os quase 1.700 servidores públicos efetivos de Ribeirão Pires poderão ter aumento de salário nas próximas semanas. O prefeito da cidade, Clóvis Volpi (PV), criou uma comissão que deve analisar a situação da categoria. De acordo com Dalva Aparecida Rodrigues, presidente do Sindicato dos Funcionários Públicos do município, a defasagem dos vencimentos nos últimos oito anos é de 68%. "Nesses oito anos, perdemos também benefícios como cesta básica e plano de saúde", diz Rodrigues.

A presidente do sindicato admite que receber os 68% perdidos seria muito difícil, mas já tem outro número em mente. "Eu sei que receber tudo é impossível, mas já ouvi algo entre 10% e 20%", diz. Porém, o secretário de Finanças da cidade, Lázaro Leão, não confirma o valor. "Falar em aumento hoje é prematuro, temos que trabalhar para ver o que podemos garantir", explica. O prefeito Clóvis Volpi confirma o que o secretário diz. "Precisamos de uma avaliação da economia para ver se ela vai se manter como está. Temos que ter certeza", diz o verde. A única certeza é que recuperar toda a defasagem será impossível. "Eu gostaria de dar isso (68% de aumento), mas não é nossa realidade", confessa o prefeito.

A idéia da administração é estudar duas propostas. "A comissão está estudando primeiro o reenquadramento, usando plano de cargos e salários. Assim, daríamos aumento linear, com o mesmo percentual para todos. Ou podemos dar abonos maiores de acordo com o salário que cada um recebe", explica Volpi.

De acordo com o secretário Leão, participam da comissão representantes da prefeitura e dos servidores públicos. Porém, data para entrega do relatório final da comissão não foi estipulada. Segundo o secretário de Comunicação da cidade, Nilson Colombo, os resultados devem surgir até quinta.

Defesa - A ex-prefeita de Ribeirão Pires, Maria Inês Soares (PT), discorda da afirmação da presidente do sindicato, Dalva Aparecida Rodrigues, de que a defasagem salarial dos servidores públicos é de 68% em oito anos. "Não pode ser esse valor. A inflação no período não foi tudo isso. O pessoal do sindicato sempre apresentou números que não têm a menor relação com a realidade", afirma. "Sabemos que os funcionários merecem aumento maior, mas na época não tínhamos condições de dar esse aumento", conclui.

Sobre a retirada de benefícios, ela garante que escolheu o que foi melhor para a cidade.

Maria Inês diz ainda que deixou verba em caixa para que ocorra reajuste de 10% nos salários, sem precisar remanejar verba de outras pastas.




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