Tiradentes, uma das cidades mais charmosas do circuito histórico mineiro, soube se destacar pela gastronomia. Na segunda quinzena de agosto, o Festival Internacional de Cultura e Gastronomia reúne chefs do Brasil e do Exterior durante dez dias. Amantes da boa mesa são atraídos por cursos de culinária, pratos e bebidas nas barracas do centro, além de exposições, teatros e shows musicais.

Cada uma das receitas mineiras carrega também um pouco de história. Algumas remetem à época dos escravos, outras ao Ciclo do Ouro, além das influências indígenas, portuguesas e africanas. O feijão-tropeiro, mistura de feijão cozido, farinha de mandioca e linguiça, era a alimentação básica dos vaqueiros que viajavam transportando mercadorias. A galinha caipira com quiabo e angu é uma herança indígena que servia para alimentar os escravos.

Tiradentes não conta com tesouros barrocos tão exuberantes quanto Ouro Preto, mas oferece antiguidades, artesanato e peças de arte sacra vendidas nas lojinhas. Assim, prepare-se para fazer muitas compras. O distrito de Vitoriano Veloso, conhecido como Bichinho, a oito quilômetros de Tiradentes, ficou famoso pela qualidade de seus artistas. Destaque para os móveis coloniais restaurados ou fabricados com madeira de demolição.

Além do cenário cobiçado por produtores de cinema e TV para gravações de histórias de época, a cidade conta com excelente estrutura turística e oferece pousadas acolhedoras.

Um lugar com tantos atrativos só poderia ser o destino preferido de casais apaixonados. As pousadas do centro são as primeiras a lotar em feriados e festivais, quando os turistas podem curtir a cidade a pé.

Tiradentes também conta com novos estabelecimentos ao longo da Avenida Governador Israel Pinheiro, na entrada da cidade. Quem prefere sossego pode se refugiar ao pé da Serra de São José.

Aos sábados, o programa obrigatório é observar o pôr do sol do Alto de São Francisco, na Igreja São Francisco de Paulo, ao som de música erudita entre as 17h e 19h.