Das 21 mil crianças nascidas com o vírus HIV na Rússia, pelo menos duas mil foram abandonadas, disse nesta sexta-feira Yevgeny Voronin, chefe clínico do Hospital de São Petersburgo para doenças infecciosas, que criticou a relutância dos russos em adotá-las.
“As pessoas têm preconceito contra as crianças soropositivas. Apenas cinco destas duas mil crianças abandonadas foram adotadas nos últimos anos", disse Voronin em entrevista coletiva. Segundo números oficiais há cerca de 330 mil pessoas vivendo com o HIV no país, das quais 50 mil têm entre 15 e 19 anos.
Voronin afirma que o maior empasse para a adoção não é financeiro, mas sim a acomodação dessas crianças soropositivas em uma sociedade hostil. Segundo Voronin, os russos "condenam as crianças soropositivas à solidão".
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