"Não me cabe ser paternalista nessa questão, mas acho que, nas duas votações sobre a Líbia, o Brasil votou corretamente", afirmou. "No caso das sanções, porque havia um morticínio imediato. Também fez bem em se abster na votação da zona de exclusão aérea pela linguagem ambígua, que os próprios americanos reconheceram existir", disse depois de uma exposição na Conferência sobre Política Nuclear Internacional, promovida pelo Carnegie Endowment for International Peace.
Avesso a sanções, Amorim aceitou e justificou sua aplicação no momento em que foi revelado o massacre de civis pelo governo de Muamar Kadafi. Mas a decisão do Conselho de Segurança sobre a intervenção militar teria ultrapassado o limite da proteção aos cidadãos para lançá-los em uma guerra civil. Para ele, a iniciativa empurrou o líder líbio a posições mais radicais. "Supondo que Kadafi seja mesmo um monstro selvagem, era preciso deixar aberta uma porta para ele sair", aconselhou. "A situação é muito complexa." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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