Grande parte da água distribuída em Sorocaba, a 98 quilômetros de Sao Paulo, está apresentando ferro e alumínio em excesso. A informaçao foi dada pelo Serviço Autônomo de Agua e Esgotos (SAAE) após receber reclamaçoes dos moradores sobre a qualidade do produto. O limite aceito pelo Ministério da Saúde é de até 0,30 miligramas de ferro e 0,20 de alumínio por litro, mas em Sorocaba esses índices estao chegando a 0,50 e 0,35 miligramas respectivamente. A água está turva e com cheiro.

Donas de casa reclamam que a água provoca manchas de ferrugem nas roupas. O morador Luís Carlos Rosa entrou com processo administrativo pedindo que a água fosse analisada. "Foi constatado excesso de sulfato ferroso", afirmou. O SAAE informou ter contratado uma empresa especializada para resolver o problema. O trabalho deve demorar 90 dias.

Moradores reclamam que a água está saindo escura ou amarelada das torneiras. "Além do aspecto ruim, tem um cheiro desagradável", disse a enfermeira Maria das Graças Campos, do Jardim Sao Marcos, zona oeste. No Jardim Santa Rosália, zona norte, o problema ocorre em várias ruas. "As roupas brancas ficaram manchadas", reclamou Maria Helena Grosmann.

Potável - O diretor do SAAE, Pedro Dal Pian Flores, disse que o problema é causado pelo depósito de ferro e alumínio nas tubulaçoes mais antigas da rede. O ferro pode ser decorrente do processo de oxidaçao dos canos, enquanto o outro mineral provém do tratamento continuado da água com sulfato de alumínio. Flores assegurou que a presença desses elementos nao compromete a potabilidade da água.

A empresa contratada deu início a aplicaçoes de polifosfato, um produto químico que reage com o ferro e o alumínio, permitindo a eliminaçao desses elementos. De acordo com o diretor da empresa, Paulo Eduardo de Souza, o tratamento deve surtir efeitos nos próximos dias, com a reduçao na coloraçao e no cheiro. A eliminaçao completa do problema dependerá da troca de algumas tubulaçoes antigas que estao sendo identificadas pela empresa.