Economia Titulo Primeira necessidade
Hortifrúti faz cesta básica ficar estável

Preço da cebola liderou as altas, com reajuste de 9,89%, e o da batata teve retração de 28,08%

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
17/04/2015 | 07:17
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Celso Luiz/DGABC


As oscilações de preços dos hortifrúti colaboraram para que o custo da cesta básica ficasse praticamente estável no Grande ABC nesta semana, de acordo com pesquisa realizada pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André).

O valor do conjunto de 34 produtos de primeira necessidade teve queda de 0,44%, o que representou economia de R$ 2,09 no bolso do consumidor. Enquanto na semana passada os gastos mensais de família de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças) para adquirir esses itens – de higiene pessoal, limpeza doméstica, alimentação industrializada e in natura – somavam, em média, R$ 478,05, agora totalizam R$ 475,96.

Os hortifrúti se destacaram tanto entre as maiores altas quanto entre as principais baixas de preços. A cebola foi o item que mais subiu, com reajuste de 9,89%, passando a custar R$ 3,89 o quilo. É o maior valor deste e do ano passado. “Em 2014, não passou de R$ 2,50 o quilo”, disse o coordenador da pesquisa, o engenheiro agrônomo Fábio Vezzá De Benedetto. Ele acrescentou que o produto tem tendência de alta, já que é período da safra argentina e há o impacto de reajustes dos combustíveis, o que encarece o frete, e também da valorização do dólar, que eleva os preços dos importados. A alta do transporte também justifica, segundo o especialista, a disparada da alface. A hortaliça ficou 7,79% mais cara e é encontrada a R$ 2,63 a unidade. Também é o preço mais alto dos últimos dois anos.

Por sua vez, o valor da batata teve queda de 28,08%. Agora é encontrada a R$ 2,74 o quilo. “Chegou a custar R$ 5 no começo do ano”, disse De Benedetto. Ele citou que isso estimulou o produtor a plantar e, agora, com o clima mais favorável, a colheita foi favorecida. Com oferta abundante, o preço cai.

Outro item que ficou mais em conta foram os ovos. A dúzia, que agora custa em média R$ 5,36, vinha em forte elevação, por causa do custo do milho – que tem cotação internacional – e, apesar do recuo, está mais cara do que em todo o ano de 2014. 




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