Trabalhadores do setor de telecomunicações responsáveis por instalação e manutenção de redes paralisaram as atividades na unidade de São Bernardo da Icomon, empresa que presta serviços para a Telefônica/Vivo. Os trabalhos foram retomados por volta do meio-dia. Entre outras reivindicações, a categoria, que reúne 1.800 empregados na região, sendo 90% na companhia, exige aumento real de salário e a manutenção nas condições de custeio do convênio médico.

As manifestações tiveram início por volta de 8h30 no Parque Novo Oratório, em Santo André, e foram organizadas pelo Sintetel (Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações no Estado de São Paulo). De lá, os participantes seguiram em carreata para a porta da Icomon, no bairro Pauliceia, em São Bernardo. Segundo o diretor regional da entidade para o Grande ABC e Alto Tietê, Mauro Cava de Britto, os profissionais de Santo André rejeitaram o aumento de 3% proposto pelas empresas. As condições oferecidas já haviam sido negadas por empregados de São Bernardo e Mogi das Cruzes.

A proposta de reajuste é quase dois terços menor do que a inflação medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) até março, que ficou em 8,42%. “Além disso, exigimos o reinício imediato das negociações, o que depende somente do lado patronal. Haviam agendado reunião para o dia 28, mas queremos antecipar”, acrescenta Britto. A data-base foi em 1º de abril. A presidente do Sinstal – que representa as empresas –, Vivien de Mello Suruagy, foi procurada, mas não respondeu aos contatos.

A categoria também reivindica redução na jornada de trabalho de 44 para 40 horas; plano de cargos e salários; vale-refeição integral nas férias; ampliação dos pisos e licença-maternidade de 180 dias.