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Torcedores criam livro sobre maior bandeira do futebol brasileiro

Corintianos nascidos em Santo André lançam obra sobre símbolo da torcida e amor ao clube

Thiago Bassan
Do Diário do Grande ABC
16/04/2015 | 07:00
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Ricardo Trida/DGABC


A paixão pelo Corinthians e a emoção que a torcida transpira durante um jogo de futebol foram os ingredientes que tornaram o professor estadual Rodrigo Bassetto um aficcionado por bandeirões e fizeram com que realizasse sonho que o acompanhava desde os tempos de criança. Assim, transformou a ideia em projeto e depois em livro.

Tudo começou em 1982. Ainda criança, Bassetto tinha o costume de acompanhar os jogos do Santo André, da sua cidade de origem, no Bruno Daniel. Embora tivesse admiração pelo Ramalhão, as coisas começaram a mudar em sua vida quando viu pela primeira vez o time da Capital atuando no estádio local.

“Foi um momento único. Vi de perto jogadores que só acompanhava pela TV, como Sócrates, Casagrande e Biro-Biro. Mas o que mais me chamou a atenção foi a torcida. Aquela festa, bandeiras, fogos, me emocionaram bastante. E até hoje lembro de tudo aquilo. Depois desse dia, passei a acompanhar o Corinthians para onde quer que ele fosse. Tanto que naquela época as pessoas me perguntavam na escola o que eu queria fazer quando crescesse? E a resposta era ‘ser desenhista da Gaviões’, recordou.

Os anos se passavam e o fanatismo de Bassetto aumentava. Mas a ideia de fazer um bandeirão que pudesse representar todo o amor da torcida corintiana ainda ficou guardada na gaveta por bastante tempo. E só mudou por causa da rixa com o maior rival do Timão, o Palmeiras.

“A Mancha Verde (principal organizada do Verdão) tinha uma bandeira maior do que a nossa. Nosso desejo era superá-los, mas isso só veio a acontecer justamente no ano do centenário do clube, em 2010. Na época, ela era a maior do mundo. E a execução foi uma coisa maluca. Na ocasião, o que pesou foi o dinheiro. Teríamos de desembolsar algo em torno de R$ 80 mil. A torcida, então, resolveu arrecadar fundos para o projeto. Criou a venda de kits, que continham uma camiseta, boné, cachecol e um pedaço do bandeirão antigo, pelo valor de R$ 50. Foram vendidos 5.000 kits. E a torcida pagou o resto”, disse Bassetto.

Cinco anos após a realização do sonho, Bassetto transformou a história em livro, A Bandeira dos Sonhos, obra que chega ao mercado hoje, e será lançada em quatro lugares: amanhã, na quadra da Gaviões da Fiel; dia 9 de maio, no Memorial do Corinthians (Parque São Jorge); em 20 de maio, no restaurante Baby Beef Jardim; e em 31 do mesmo mês, na feira livre da Rua Fenícia.

Assinada também pelo sociólogo Marcio Mendes, idealizador do projeto, a obra narra os momentos da criação da maior bandeira utilizada nas arquibancadas pelos corintianos nos últimos 20 anos.

“Conheci o Marcio (Mendes) na subsede da Gaviões do ABC. E a ideia do livro surgiu após uma história que contei para ele. Em 1986, fui ver Corinthians e Palmeiras e levei uma bandeira que, na verdade, era um lençol roubado da minha mãe. Mas no caminho até o Morumbi ela bateu em uma árvore e caiu. Não aceitava ficar sem a bandeira, não queria nem entrar no jogo. Mas na arquibancada, de repente, me aparece um sujeito com ela nas mãos. Após bater um pouco nele (risos), o cara me contou que havia achado na rua. Essa coincidência fez o Márcio (Mendes) ter a ideia do livro”, relatou.

Apesar da grandiosidade da bandeira, ela teve que ser reduzida para que pudesse ser usada na Arena Corinthians, onde o clube agora manda os jogos. Das medidas iniciais de 250 m x 60 m, hoje tem o tamanho de 250 m x 30 m. “Antes, a bandeira tinha o desenho de sete símbolos do Corinthians e sete gaviões. Embaixo aparecia a mensagem: ‘Gaviões 40 anos’. Por causa da redução de lugares aos visitantes no Morumbi e agora na Arena Corinthians, tivemos que tirar a parte de baixo. Hoje ela possui cinco gaviões e cinco símbolos”, explicou.




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