Economia Titulo Seu bolso
Inflação pesa no preço de alimentos básicos na região

Com R$100 é possível adquirir apenas produtos
essenciais para uma semana para quatro pessoas

Marina Teodoro
Especial para o Diário
16/04/2015 | 07:04
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Anderson Silva/DGABC


Muito tem se falado sobre os atuais problemas econômicos, e principalmente sobre a temida inflação, que assombra não só os especialistas em finanças, mas também o cidadão comum, com os impactos da alta dos preços no seu dia a dia. A taxa de inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), alcançou 8,13%, nos últimos 12 meses, até março. A variação mensal atingiu 1,32%, maior índice desde fevereiro de 2003. E um dos principais elementos que ajudaram a elevar esse percentual foram os alimentos, com expansão de 1,17%.

Para a dona de casa, o incremento nos preços nos produtos alimentícios interfere diretamente no orçamento da família e na mesa do jantar. Para atestar o peso da inflação na vida do consumidor, o Diário decidiu ir às compras ontem, com apenas R$ 100, e conferir o que é possível levar para casa com esta quantia.

Como base, foi considerado que os produtos seriam suficientes para abastecer uma família de quatro pessoas em uma semana. Os locais pesquisados foram um supermercado de médio porte e um hipermercado da região.

A lista de compras foi composta apenas por 17 alimentos de primeira necessidade, incluindo cinco quilos de arroz, um quilo de feijão, um quilo de carne de primeira, 500 gramas de cebola, 100 gramas de alho, uma dúzia de ovos, um maço de alface, cinco litros de leite, 500 gramas de café, um pote de margarina, um quilo de frango, um pacote de macarrão, uma lata de molho de tomate, uma de sardinha, um quilo de tomate, um quilo de batata e um litro de óleo.

Embora a conta total tenha ficado um pouco abaixo dos R$ 100 em ambos os estabelecimentos – no médio, o conjunto de itens ficou em R$ 94,13, e no maior, R$ 85,39 –, ficaram de fora da lista outros produtos consumidos semanalmente, a exemplo de frutas, pães, sucos, refrigerantes, bolachas, danones e achocolatado.

Para quem quer economizar, portanto, a pesquisa pode ajudar. De acordo com o levantamento, que considerou produtos iguais ou similares com o mesmo valor, houve variação de até 42% entre os estabelecimentos, caso do tomate, que custou R$ 4,90 na grande rede e R$ 6,99 na menor. A podóloga andreense de 44 anos Ana Paula Machado afirma que comparar os preços faz diferença no fim das contas. “Dá trabalho pesquisar, mas ao escolher o mercado que apresenta diferença, mesmo que pequena em todos os produtos, dá para aliviar um pouco o bolso.”
 




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