Ex-chefe de Gabinete do prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), e atual assessor do peemedebista, Eduardo Casonato pediu desfiliação e entregou o cargo de presidente do PTN na cidade. O motivo foi o desentendimento com os comandos regional e estadual da legenda.

O PTN estava sendo preparado por Casonato para ter chapa forte de candidatos a vereador e para integrar o arco de alianças de Pinheiro em 2016, quando ele tentará a reeleição. Entretanto, o ex-mandatário municipal do partido afirmou que representantes da sigla autorizados pela chefe estadual da legenda, a deputada federal Renata Abreu, estavam negociando com políticos adversários do prefeito.

“O PTN é um grande balcão de negócios. Pensava que era um partido sério. Eles me disseram que eu podia seguir a carreira política aqui, mas descobri que não, que adotam as mesmas práticas de outros partidos. Não tem ideologia, só querem cargo por cargo. Trocas de favores. Estavam, sim, negociando com outros candidatos pelas minhas costas. Procurei a Renata Abreu e ela disse que não estava sabendo. Foi a coordenação regional que tratou do caso. Mas a Renata é o Lula do PTN, nunca sabe de nada”, esbravejou o ex-mandatário do PTN de São Caetano.

Com o desligamento, Casonato disse estar em busca de partido de “peso” para se filiar e seguir planejamento eleitoral para tentar uma cadeira na Câmara. “Quero ser diferente, quero fazer carreira dentro do partido. Não quero estar em legenda que rife a base e não respeite seus filiados”, declarou o assessor do prefeito.

A queixa de Casonato em relação à executiva estadual é semelhante a da antiga presidente do PTN no município, Eliane Volpate. A antiga direção do partido foi destituída em uma canetada do comando estadual em março de 2013 e sequer comunicou os antigos integrantes.