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Marinho tem cartas na manga
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
15/03/2011 | 07:13
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André Henriques/DGABC


Os partidos estão descontentes com a falta de espaço na administração Luiz Marinho (PT), de São Bernardo. Mas o chefe do Executivo tem cartas na manga para não perder os aliados que, juntamente a outros fatores, viabilizaram em 2008 a vitória do petista nas urnas: as secretarias de Obras e de Desenvolvimento Social e Cidadania.

O arco de 11 apoiadores de Marinho no pleito passado foi o maior da história do partido na cidade: PT, PR, PRB, PRTB, PSC, PSL, PHS, PTN, PV, PTB e PDT - no segundo turno e após a vitória somaram-se PPS, DEM e PTdoB. Se no passado a aglutinação foi solução, agora pode se tornar problema para o chefe do Executivo.

Os representantes das siglas da base aliada se reuniram quinta-feira. A conclusão do encontro foi negativa para o governo. Os partidos que dão sustentação a Marinho querem mais espaço na administração. A maioria das agremiações sequer tem indicados nos 2º e 3º escalões.

Haverá nas próximas semanas o segundo encontro das lideranças partidárias, em que serão definidas reivindicações ao Executivo. Luiz Marinho esquivou-se quando indagado se a consolidação da base para a disputa do segundo mandato será mais difícil por estar no governo e, consequentemente, ter de abrir mais o governo. "Não sei. Temos de aguardar."

Aparentemente, a demanda das legendas não assusta o prefeito. As jogadas guardadas para o fim da partida foram manobradas dia 3 pelo petista - aliás, sem debate com os aliados. Na oportunidade, ele deixou as secretarias de Obras e de Desenvolvimento Social sob a tutela de titulares-tampão.

José Cloves da Silva, secretário de Serviços Urbanos, agora acumula o setor de Obras (Toninho da Lanchonete deixou a Pasta para retomar o mandato de vereador na Câmara). E Márcia Barral, adjunta da Sedesc, foi promovida a comandante (José Ferreira também voltou ao Legislativo).

 

‘É possível partidos com espaço demais e outros de menos'

 

 "É possível que existam partidos que tenham espaço demais e partidos que tenham espaço de menos. Essa discussão faz parte do debate cotidiano, mas não dá para falar em segundo mandato. Sobre as alianças, o tempo está precoce, esse debate ainda vai acontecer. E os partidos estão se preparando para eventual debate no momento oportuno, que não é agora", reconhece o prefeito Luiz Marinho.

O chefe do Executivo afirmou que, neste momento, tem concentrado esforços na execução do plano de governo. "Estamos no principal ano do mandato e minha cabeça está voltada para a execução do programa de governo, das metas, das obras, das políticas."

E observou como natural a discussão antecipada acerca da atuação por parte dos partidos. "Evidentemente, os partidos têm seu tempo e vão agir nesse tempo. Precisam de assuntos para arregimentar novos filiados, novos pretendentes a candidaturas proporcionais (vereadores) ou não. Eu respeito esse tempo. Da minha parte, não há o que falar de qualquer nova composição."




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