Política Titulo Editorial
Acervo de problemas
Por Da Redação
06/04/2015 | 07:00
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Aline Pietri/DGABC


O Museu do Trabalho e do Trabalhador não tem data para abrir as portas, mas já possui em seu acervo grande coleção de problemas e indícios de irregularidades. A obra foi idealizada pelo prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, para homenagear a trajetória política de seu padrinho político Luiz Inácio Lula da Silva, está com atraso de mais de dois anos e gera polêmicas desde 2011, quando foi anunciada.

No local em que é erguido prédio, localizado em área nobre da cidade e que antes abrigava o mercado municipal, está exposta placa com rasuras no campo destinado à data de início dos trabalhos, ou seja, o único quadro disponível tem como objetivo principal enganar os munícipes para que estes não tenham noção de que o equipamento já deveria ter sido entregue.

Em ‘exposição’ anterior, o espaço foi notícia pelo laranja. Não a cor, mas sim pelas suspeitas levantadas por este Diário em razão de que eletricista desempregado e que morava em casa alugada na periferia de Diadema era dono de R$ 10,4 milhões em participações da empresa Construções e Incorporações CEI, a responsável pela construção do prédio e que, ao que tudo indica, não está dando conta do trabalho para o qual foi contratada.

Entre atrasos, estabelecimentos de novos prazos e sucessivos descumprimentos de compromissos, o tal museu já consumiu R$ 18,8 milhões em dinheiro público e, mesmo assim, a obra está paralisada desde o fim do ano passado.

Para piorar a situação, Marinho agora solicitou ao governo federal pedido de mais R$ 4,5 milhões para serem destinados ao projeto, que hoje tem a estrutura erguida e o entorno tomado pelo mato e materiais de construção. O pedido está em análise pelo Ministério da Cultura.

Antes de liberar mais verbas, faz-se necessário verificar onde foi parar todo o montante já destinado. Os responsáveis, principalmente o prefeito Luiz Marinho, têm a obrigação de detalhar a destinação de cada centavo.  




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