Oficiais reformados da polícia acusaram o presidente colombiano, Alvaro Uribe, nesta quarta-feira, de prejudicar o moral da instituição com a decisão de afastar 12 generais, inclusive seu diretor, como parte de um escândalo sobre gravações clandestinas de setores da oposição e da imprensa.
Em carta a Uribe, o Colégio de Generais da Polícia afirmou que a decisão do presidente tem impacto negativo no "bom nome e confiança" da instituição, "afetando o moral", além de estender uma "sombra de dúvida" sobre seus membros.
A associação recorda que este é o segundo afastamento em massa de oficiais realizado pelo presidente, e que a situação contrasta com o tratamento generoso dado aos paramilitares desmobilizados.
Essas situações "prejudicam a carreira profissional de meritórios e brilhantes chefes de longa trajetória e experiência de mais de 30 anos", diz o texto.
Uribe substituiu na segunda-feira o diretor da polícia, general Jorge Castro, e o chefe da inteligência, general Guillermo Chávez, admitindo que realizavam escutas ilegais de membros do governo, de líderes da oposição, de jornalistas e paramilitares presos.
O afastamento desses oficiais pressupôs a saída de outros 10 generais, obrigados a renunciar em cumprimento de uma tradição da carreira policial.
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