O ex-presidente do Banco Central norte-americano informou que na lista publicada hoje na internet (www.dormantaccounts.ch) está o nome de Freud, e também do fundador da física moderna, Albert Einstein.

No entanto, Volcker disse que não se sabe ainda se as contas abertas na Suíça com os nomes de Sigmund Freud e de Albert Einstein, que estão inativas há mais de meio século, pertenciam de fato ao psicanalista e ao cientista, ou a homônimos. "Poderia ser uma coincidência", disse Volcker, afirmando que há muitos nomes repetidos na lista de proprietários de contas não reclamadas desde a época do nazismo, que continuam depositadas nos bancos suíços.

Os parentescos vão determinar durante o processo aberto o trâmite dos reclames, acrescentou o responsável, que preside a comissão Volcker, que investiga o que os bancos suíços fizeram com as contas que poderiam ter pertencido a vítimas do Holocausto.

Freud nasceu na Morávia em 1856, sob a monarquia austro-húngara, e depois se instalou em Viena, onde desenvolveu a psicanálise. Em 1937 se exilou em Londres, fugindo do nazismo, e morreu em 1939.

Einstein, nascido na Alemanha, trabalhou um tempo na Suíça, em um escritório de patentes, e morreu nos Estados Unidos em 1955.

Segundo um acordo concluído em 1998, os bancos deverão pagar US$ 1,25 bilhão a familiares e vítimas do Holocausto. Desse valor, US$ 800 milhões estão destinados para essas contas, até o momento sem proprietários.

O valor também permitirá indenizar os trabalhadores forçados, que foram empregados nas filiais alemãs das empresas suíças durante o nazismo, conforme decidiu o juiz de Nova York, Edward Korman, o magistrado que preside o caso da restituição das vítimas do nazismo.