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Por um dia, Mário Reali e Filippi 'trocam de identidade' em Diadema
Elaine Granconato
Especial para o Diário
06/10/2008 | 15:30
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No dia D para o candidato governista à Prefeitura de Diadema pelo PT, Mário Reali, ouviu de tudo domingo, durante andanças pelos colégios eleitorais da cidade. De pedido de casamento por parte de uma fã-eleitora e revelação de um sonho de criança de 11 anos até troca de identidade ou confusão de parentesco.

"Você é irmão do Filippi (prefeito de Diadema, José de Filippi Júnior)?", questionou um eleitor na EE (Escola Estadual) Padre Anchieta, uma das quatro visitadas por Reali no período da manhã, antes de votar. Meio sem jeito, respondeu: "Não. Só parecido".

Porém, a confusão com a semelhança física dos petistas Reali e Filippi não parou por aí, principalmente depois do encontro do prefeiturável com o chefe do Executivo na EE Tristão de Athayde, no Jardim Rosinha, onde o candidato votou por volta das 12h30. "Ficamos parecidos porque trabalhamos juntos há 20 anos", justificou o prefeito, ao fazer uma analogia com os peixes em um aquário.

Em seguida, na EE João Ramalho, onde Filippi votou em companhia de Reali, por volta das 13h, definitivamente, o prefeito virou candidato e o candidato prefeito. "Olha o Mário Reali", disse uma mulher para outra, referindo-se a Filippi, com boné branco e a estrela do PT. Ao descobrir o engano, remendou: "Eles são parecidos, devem ser irmãos."

Pelo corredor externo da escola, o prefeito Filippi, mais uma vez, virou candidato. "Mário Reali, votei em você", disse uma jovem. O prefeito, já encarnado de Reali, fez o sinal de positivo e sorriu. Mais tarde, depois do almoço e na escola onde o candidato a vice-prefeito Gilson Menezes (PSC) votou, resolveu assumir a segunda identidade, enquanto o petista-candidato não chegava. "Estou disfarçado de Mário Reali", referindo-se ao boné e a confusão do eleitor.

Pingado - Depois de um encontro com Filippi em seu escritório político nas primeiras horas da manhã e sem a presença da imprensa, Reali começou seu dia D em uma padaria do Jardim Promissão, reduto eleitoral histórico do PT. Ali, ao lado de Gilson, tomou um pingado e comeu um pão com manteiga.

Quando entrava na padaria, Reali se encantou com um garotinho que disse ter sonhado com ele. "Insisti para a minha mãe votar em você", disse Alexsandro Fernandes, 11 anos, enquanto segurava o saco de pães. A cena do garotinho foi até citada por Reali em minicoletiva para jornalistas mais tarde, na escola onde foi votar. "Ele disse que havia sonhado que eu tinha ganhado a eleição", contou o petista. Para a reportagem do Diário, Alexsandro falou sobre o sonho com o ídolo prefeiturável. Só que o desejo era que Reali desse uma bola para ele.

Pelas andanças do petista, Reali ganhou um suco de maracujá. "É para o prefeito se acalmar", profeciou uma eleitora em colégio eleitoral.




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