A vaidade feminina não é uma realidade contemporânea. Um corpo perfeito, um belo penteado e uma pele sedosa é desejo feminino desde a pré-história. E isso pode ser conhecido por meio do livro História da Maquiagem, da Cosmética e do Penteado - Em Busca da Perfeição (Editora Anhembi Morumbi, 160 páginas, R$ 36), de Ana Carlota Régis Vita.

Na obra, a autora mostra os diferentes conceitos de beleza de cada época e o surgimento de produtos como a maquiagem para realçar o rosto da mulher.

Ainda na pré-história, relatos mostram que havia uma preocupação em enfeitar-se. Isso porque já existiam adornos de conchas ou colares com dentes e garras de animais, além de ossos perfurados.

"O ser humano sempre sentiu em si a necessidade de se sobressair no grupo social no qual está integrado. Ser admirado, receber atenção dos outros é inerente à raça humana", diz trecho do livro.

Já o penteado tomou formas diferenciadas na Antigüidade. Os primeiros registros foram na Suméria, onde estátuas mostram reis com um coque enorme na nuca, possivelmente postiço, já que se usavam perucas à época.

Maquiagem - Como a natureza era a fonte de matérias-primas, o uso dela foi rapidamente incorporado à cosmética da Suméria. A fuligem, frutas silvestres, terra vermelha, a hena e o açafrão são apenas algumas das inúmeras descobertas pelo homem para elaborar a maquiagem.

Para sombrear as pálpebras, usava-se o tóxico sulfito de antimônio. Nas mãos e nos pés, eram feitos desenhos com hena que exigiam horas de paciência e firmeza.

Mas nenhuma maquiagem teve tanto destaque como a egípcia, cuja imagem principal é a de Cleópatra. Muitos acreditam que este foi o povo mais vaidoso da Terra. Os ingredientes encontrados em seus cosméticos são usados até hoje, como camomila, lavanda, hortelã, rosa etc.