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Número dois da Al-Qaeda chama Bush de ‘carniceiro’
Da AFP
31/01/2006 | 14:32
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O número dois da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, apareceu nesta segunda-feira em um vídeo, divulgado pela rede Al-Jazeera, onde chamou o presidente George W. Bush de 'carniceiro de Washington'. O terrorista afirmou ainda que escapou de um atentado americano cujo alvo era a sua vida no Paquistão.

"Os aviões americanos lançaram um ataque contra a cidade de Damadola (...) com o objetivo de me matar, assim como a quatro companheiros meus", declarou Zawahiri.

"O mundo inteiro descobriu a intenção das mensagens americanas e de seu desvio e selvageria na guerra contra o Islã e os muçulmanos", afirmou ele na mensagem.

"Morrerei da maneira que Deus decidir (para mim), mas, se minha hora ainda não tiver chegado, nem você nem qualquer outra força sobre a terra poderá adiantá-la em um segundo", disse Zawahiri ao presidente americano.

"Bush, você sabe onde estou?" desafiou Zawahiri, visivelmente com boa saúde. "Estou entre a multidão de muçulmanos, desfrutando de seu apoio, atenção, generosidade, proteção e participação na Jihad até que vençamos com a ajuda e a força de Deus", assegurou o número dois da Al-Qaeda.

No dia 13 de janeiro, um ataque com mísseis - atribuído à CIA, embora não reivindicado por Washington - destruiu várias casas da cidade de Damadola, no norte da área tribal paquistanesa, a alguns quilômetros do Afeganistão.

Segundo fontes próximas à CIA, citadas pela mídia americana, o ataque era dirigido contra Zawahiri, mas deixou 18 mortos entre os moradores e desencadeou uma onda de manifestações antiamericanas em todo o país.

Zawahiri afirmou na gravação que o ataque foi realizado com a cumplicidade do presidente paquistanês, Pervez Musharraf. Ele chamou o chefe de governo de traidor e seus serviços de segurança de escravos dos cristãos e judeus.

Dirigindo-se ao povo americano, o terrorista criticou a rejeição de Washington à trégua oferecida pelo chefe da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, no dia 19 de janeiro. Segundo Zawahiri, ao rejeitar a honrosa saída oferecida pelo leão do Islã, Osama Bin Laden, os dirigentes americanos jogam seu povo em um futuro cor de sangue, cheio de fumaça de explosões e de sombrio terror.

"Não negociamos com terroristas. Acredito que devemos destruí-los. É a única forma de tratamento cabível para este tipo de gente", declarou o vice-presidente, Dick Cheney, em resposta à oferta de Bin Laden na época.

O número dois da rede terrorista Al-Qaeda também teria convidado Bush a se converter ao Islã, na gravação de vídeo divulgada pela televisão Al-Jazeera.

"Se obedecer a este chamado, será um irmão da religião e Deus lhe perdoará o passado", frisou Zawahiri se dirigindo a Bush.

 

 




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