Apesar disso, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) apontou que o grau de escolaridade dos prefeitos é maior que o da população em geral. Em 2001, apenas 21,7% dos brasileiros com idade a partir de 10 anos tinha pelo menos o ensino médio completo.

Os Estados que apresentaram mais prefeitos sem instrução foram o Piauí (cinco municípios) e Maranhão (quatro). No entanto, a pesquisa apontou que são justamente esse prefeitos sem instrução e com o primeiro grau incompleto que detêm níveis de reeleição maiores, de 60% e 45%, respectivamente.

Perfil - Segundo a pesquisa, a maioria dos prefeitos brasileiros é homem e tem em média 48 anos. Em 2001, apenas 6,2% dos municípios do país eram administrados por mulheres, totalizando 346 prefeitas. Isso significa que, para cada 100 prefeitos, somente seis são mulheres.

O número de prefeitas, porém, é menor em regiões mais desenvolvidas social e economicamente. Na região Nordeste, 8,6% do Executivo local está nas mãos de mulheres. No Sul e Sudeste, a participação feminina cai para 2,9% e 4,5%, respectivamente.

Os Estados nordestinos de Alagoas, Ceará e Piauí concentram a maior quantidade de prefeitas. Já no Amazonas (região Norte) e no Espírito Santo (Sudeste), os índices de administradoras municipais são os menores do Brasil.

A parcela feminina, no entanto, estudou mais que os homens. Enquanto o índice de prefeitos com curso superior completo ou incompleto era de 46,3%, a parcela subia para 56% entre as prefeitas.

Os prefeitos homens têm maior percentual de reeleição que as mulheres: 41% contra 38%. Em 2000, 41% dos prefeitos conseguiram se reeleger. Os Estados com maiores índices são os do Nordeste, além do Rio de Janeiro, Pará e Mato Grosso do Sul.