Em 2 de agosto, o governo paulista entrou com o primeiro lote de açoes discriminatórias, na regiao de Presidente Prudente, abrangendo 40 mil hectares. A meta, até o final de 2000, é cobrir 170 mil hectares, disse Vismona. O objetivo das açoes é regularizar judicialmente as propriedades consideradas terras devolutas pelo Estado. "O que está acontecendo já é um avanço histórico, nao dá para ele (Rainha) criticar e cobrar celeridade de uma coisa que nunca foi feita antes", disse Vismona. A ameaça do líder do MST foi feita anteontem, pouco antes no início da Marcha pela Reforma Agrária, em Teodoro Sampaio, que reuniu cerca de 600 pessoas.
Vismona nao vê, no protesto do MST, nenhuma conotaçao eleitoral. "Nao sei se tem essa intençao eleitoral imediata, acho que nao", disse. Ele reafirmou, no entanto, que o MST nao tem motivos para reclamar e que a intençao do governo é de manter o diálogo. "Continuo a dizer que nao há razao para o protesto. Nao justifica o Rainha pressionar pelo que já foi feito", disse Vismona. Ele admite que a "celeridade" exigida pelo MST é maior do que a do governo, que precisa ter seus atos embasados de forma legal.
Andradina - Cerca de 80 assentados da reforma agrária da regiao de Andradina, Sao Paulo, ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, ocuparam ontem, às 11h, a agência local do Banco do Brasil. O protesto foi pela nao-liberaçao dos R$ 2 mil para custeio da safra do próximo ano, que teria sido prometido pelo governo.
O líder do MST, Lourival Plácido, disse que a primeira ocupaçao da agência era apenas "um aviso". "Se o dinheiro nao for liberado até a semana próxima semana nós vamos voltar um pouco mais bravos", ameaçou.
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