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Para Jussara, Francisco não é o Maníaco do Parque. É apenas o jovem e solitário Chico. “Para ela, ele é um homem que merece amor e solidariedade”, diz um conhecido. Não é de hoje que a gaúcha, loira de olhos claros, luta por um contato físico com Chico. Eles se correspondem há quase dois anos, mas só em julho ela conseguiu uma concessão especial da Secretaria para visitá-lo.
A mulher saiu então de Florianópolis (SC), enfrentou pelo menos 18 horas de viagem dentro de um ônibus, com escala em São Paulo, para chegar à Penitenciária de Itaí, a 300 quilômetros da capital, onde o namorado está detido. Como não são oficialmente casados e não comprovaram uma relação estável antes da prisão, os dois estão privados das visitas íntimas. Chico e Jussara só se encontram no parlatório.
Ela vai semanalmente vê-lo. Leva o jumbo – sacola com alimentação e produtos de higiene pessoal e limpeza. Dedicada, Jussara acorda cedo para ver o amado. Ela sai de casa às 6h rumo à penitenciária. Não passa um fim de semana sem vê-lo. “Às vezes ele tem vontade de comer uma coisa diferente, pede e ela traz. Daí, os dois almoçam juntos, conversam. Esse é o máximo permitido”, diz um funcionário.
No parlatório, os dois podem, no máximo, pegar na mão e dar um abraço. Infelizes com a proibição da visita íntima, Jussara arrumou um advogado em Avaré, cidade vizinha, que se responsabilizou pela elaboração do contrato nupcial. O documento foi feito por meio de uma procuração assinada por Chico.
Entretanto, o diretor da penitenciária, José Antônio Aparecido Duarte Dias, não considerou o contrato nupcial e a petição de visita íntima. Amigos e conhecidos de Jussara dizem que ela não teme ser atacada. “Ela confia nele. Se não confiasse, não estaria gastando tempo e dinheiro para ir vê-lo”, disse uma conhecida.
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