A disputa entre o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, filiado à CUT, e o Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André, da Força Sindical, causou confusão nesta sexta-feira na unidade de Utinga da Eluma, em Santo André. O motivo foi a negociação do PLR (Participação nos Lucros e Resultados).

Segundo Geovane Corrêa, coordenador da regional Santo André do sindicato ligado a CUT, os trabalhadores decidiram pela paralisação nesta sexta-feira da produção em uma hora como protesto pela proposta de PLR de R$ 2.425 neste ano para uma meta de produção de 56 mil toneladas. "Esse valor foi pago em 2004 e a meta era de 47 mil toneladas." Corrêa diz que representantes do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André foram à fábrica para intimidar funcionários e obrigá-los a entrar para trabalhar.

Cícero Firmino da Silva, o Martinha, presidente do sindicato filiado a Força, desmentiu a acusação. Segundo Martinha, o valor oferecido pela empresa é de R$ 2.825 para meta acima de 51 mil toneladas. Em nota enviada ao Diário, a Eluma informou que a meta estipulada é a partir de 51 mil toneladas e nega ter havido paralisação.