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Preços cobrados em serviços vão pressionar a inflação
Da Agência Brasil
08/04/2010 | 07:00
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A alta no preço dos alimentos é transitória e não deverá provocar impactos na inflação até o fim do ano. Em contrapartida, a subida gradual do preço de serviços e o reajuste de tarifas de ônibus pressionarão os índices para cima nos próximos meses. A avaliação é do economista da FGV (Fundação Getulio Vargas, André Braz.

De acordo com ele, a revisão para cima da projeção de inflação pelo Banco Central está muito mais relacionada ao aquecimento da economia do que com o preço dos alimentos in natura. Ele ressalta que a alta do preço dos serviços - como consertos de automóveis e restaurantes - se espalhou por diversos setores da economia por causa do aumento da demanda provocado pelo maior poder aquisitivo.

"De uns meses para cá, os preços dos serviços, que em geral são estáveis, começaram a subir de forma contínua", destaca. "Com a economia aquecida e a massa salarial maior, aumenta a procura por bens e serviços em várias categorias."

Na semana passada, o BC anunciou ter revisado para 5,2% a projeção para a inflação oficial em 2010, quase um ponto percentual acima do centro da meta de 4,5%. Anteriormente, a instituição previa que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) encerraria o ano em 4,6%.

Para Braz, o reajuste de tarifas de ônibus em várias capitais também contribuiu para o repique da inflação no primeiro trimestre. "Os aumentos nos transportes públicos são permanentes e também têm impacto permanente na inflação, ao contrário dos alimentos, cujos preços sobem em alguns meses, mas caem em outros", afirma.




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