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Cat Stevens teria sido barrado nos EUA por erro ortográfico
Da AFP
25/09/2004 | 22:09
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O incidente que ocasionou a deportação do cantor britânico Cat Stevens, 57 anos, dos Estados Unidos para Londres esta semana, depois que sua entrada no país não foi permitida por "motivos de segurança", aconteceu devido a um erro ortográfico, segundo a revista Time.

Em sua versão on-line, o veículo citou fontes do aeroporto com acesso à lista de pessoas que não podem entrar no país, que afirmaram que não havia nenhum "Yusuf Islam" nela, mas um "Youssouf Islam". Stevens pôde pegar o avião para Washington porque seu nome no passaporte está escrito "Yusuf" e não "Youssouf", segundo as mesmas fontes.

O cantor converteu-se ao islamismo há 27 anos e mudou o nome para Yusuf Islam, abandonando uma bem-sucedida carreira artística. Na terça-feira passada embarcou em um vôo da United Airlines em Londres com destino a Washington, mas as autoridades americanas fizeram o avião ser desviado para Bangor (Maine, nordeste), onde o músico foi detido e devolvido ao seu país de origem, segundo funcionários americanos de segurança.

Em princípio, acreditava-se que os Estados Unidos acusavam Stevens de ter colaborado financeiramente com grupos ligados ao terrorismo. Na sexta-feira, o cantor anunciou em Londres que apresentou uma queixa na Justiça contra os Estados Unidos.

"Entramos com uma ação para descobrir o que acontece e adotar as medidas necessárias para reparar esta grave injustiça, totalmente infundada, da qual fui vítima", declarou em um comunicado.

"O mais incrível é que até o momento não me dera nenhuma explicação sobre as acusações que pesam contra mim nem porque sou considerado agora uma ameaça para a segurança. Muito menos me deram oportunidade para responder às acusações", disse o músico.

Cat Stevens, cujo nome de batismo é Steven Georgiou, é filho de um cipriota grego com uma sueca.

Na quinta-feira, o secretário de Estado americano, Colin Powell disse que "em relação a Cat Stevens, o departamento de Segurança Interna e os órgãos de inteligência encontraram informação de atividades que o incluíam na lista de controle, segundo a lei, portanto lhe era negado o acesso aos Estados Unidos".




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