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Método de ONG para avaliar vereança causa polêmica

Câmara de São Caetano contesta dados sobre atuação em 2014 compilados pela Voto Consciente e pede seriedade em estudo

Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
20/03/2015 | 07:00
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Montagem/DGABC


Estudo da ONG Movimento Voto Consciente, que definiu ranking de atuação dos 19 vereadores de São Caetano, causou polêmica na Câmara. Os parlamentares contestaram os métodos utilizados e alegaram que alguns dados estão errados porque foram colhidos com displicência pelo presidente da filial são-caetanense da entidade, Elísio Peixoto.

A compilação indicou que só dois vereadores, Jorge Salgado (Pros) e José Roberto Xavier (PMDB), compareceram às cinco audiências públicas realizadas pelo Executivo no Legislativo para informar a população – três atos para prestação de contas financeiras por quadrimestre, uma sobre a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e uma para a LOA (Lei Orçamentária Anual). Oito não estiveram em nenhum dos eventos, segundo a ONG: Cidão do Sindicato (SD), Fabio Palacio (PR), Carlos Humberto Seraphim (PPS), Edison Parra (PHS), Sidão da Padaria (PSB), Flávio Rstom (PTB), Gérsio Sartori (PTB) e Chico Bento (PP).

“As audiências são importantes para a população e o vereador deve ficar à disposição. O problema é que elas sempre ocorrem de manhã, quando estou trabalhando. Sou médico e dou expediente de 15 horas por dia, não posso deixar uma gestante em trabalho de parto me esperando. A comunicação também não avisa a gente sobre os eventos”, justificou Seraphim, que foi apontado como um dos 15 que não retornaram questionário proposto pela ONG. “Não recebi questionário nenhum. É estranho.
O Elísio nunca marcou para conversar comigo. Politicamente, o que esse pessoal faz? Esse camarada trabalha? Como ele se sustenta? Quem paga as contas dele?”, completou. Elísio, entretanto, apresentou documento assinado por Seraphim.

Chico Bento afirmou que em algumas audiências tinha compromisso e que, em outras, evitou comparecer para evitar os “críticos das redes sociais”. “Esse pessoal vem fazer críticas negativas, até evito porque sei que eles vão estar lá. Acham que estão favorecendo o debate, mas favorecem
meia dúzia que favorecem a eles.”

Fabio Soares revelou que havia um acordo entre os vereadores para não responder aos questionamentos e que as informações solicitadas fossem todas fornecidas pela direção da Câmara. “Estive em todas as audiências, participei da mesa diretora como segundo secretário. É estranho”. O pessedista classificou a metodologia utilizada por Elísio Peixoto como “artificial”. “Deveria se preocupar mais com a qualidade da atuação do vereador do que com politicagem. Vi gente fazendo muitas indicações e projetos só para essa pesquisa. Não adianta nada. O Elísio nunca esteve no meu gabinete para conversar sobre meus projetos, uma pessoa que quer avaliar vereador não pode ser assim”, declarou. 




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