O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou nesta segunda-feira uma lista com os nomes de oito empresas e 41 proprietários rurais condenados por manter trabalho escravo. Essa lista, chamada de "lista suja", segundo a Agência Brasil, está na segunda edição e divulga resultados das atuações do Grupo Móvel de Fiscalização, do Ministério do Trabalho. Ao todo, são 101 condenados por trabalho escravo no país, desde que foi criada a lista, em 2003.

O assessor da Secretária da Inspeção do Trabalho, Marcelo Campos, explicou que esses fazendeiros foram autuados durante as inspeções do Grupo Móvel e sofreram processo administrativo. Só depois de esgotado todos os recursos cabíveis, esses fazendeiros foram incluídos na lista. Quem é incluído na lista suja fica proibido de conseguir financiamento público de instituições estatais como: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, e Banco do Nordeste, além de benefícios fiscais.

O assessor do Ministério do Trabalho informou ainda que para sair desta lista suja os fazendeiros precisam solicitar outra visita do Grupo Móvel do Ministério do Trabalho para provar que não mantém mais trabalhadores escravos. Para Patrícia Audi, da Organização Internacional do Trabalho, a divulgação desta lista suja é "um ato de extrema importância do governo brasileiro porque mostra quem são os escravagistas no Brasil".

Entre os nomes que constam na lista suja estão o atual prefeito de Unaí, em Minas Gerais, José Braz da Silva (PTB) e do maior produtor de castanha do Pará no Brasil, Evandro Liege Mutran.