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Sindicato faz paralisação em Diadema
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
02/04/2010 | 08:26
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A direção do Sindema (Sindicato dos Funcionários Públicos de Diadema) realizou ontem pela manhã a primeira paralisação relâmpago da categoria em horário de expediente. A mobilização faz parte das ações da campanha salarial 2010. Por cerca de uma hora e meia, os servidores da Secretaria de Serviços e Obras, além do pessoal da Frente de Trabalho, cruzaram os braços.

O trânsito praticamente parou no cruzamento das avenidas Ulysses Guimarães e Roberto Gordon, da Vila Nogueira, onde os sindicalistas conversaram com os representantes da categoria. A entidade distribuiu camisetas da campanha e o ato durou das 7h às 8h30, segundo a direção do Sindema.

A pauta de reivindicações, composta por 50 itens, foi apresentada, oficialmente, ao governo Mário Reali (PT) dia 24, quando ocorreu a primeira reunião entre sindicato e Prefeitura. Os cerca de 7.100 servidores, entre efetivos e comissionados, pleiteiam 11% de reajuste - 5,62% referente à inflação e 5,38% de aumento real de salário, vale-alimentação de R$ 170 para R$ 225 e introdução do vale-refeição de R$ 396.

"A adesão foi de 100% dos funcionários da secretaria", afirmou a presidente do Sindema, Jandyra Uehara Alves. Na quarta-feira, a direção da entidade volta à mesa de discussões com a Prefeitura - a assembleia está prevista para as 18h na sede do Sindema. Até agora, o governo petista não apresentou nenhuma proposta condizente com as reivindicações da categoria.

Além da pauta salarial, Jandyra afirmou que outra luta é acabar com a Frente de Trabalho da Prefeitura - hoje são cerca de 500 pessoas, a maioria mulheres, que não recebem direitos trabalhistas. "Sem falar nas péssimas condições de trabalho oferecidas", reforçou Jandyra, ao ressaltar a presença de duas grávidas na paralisação relâmpago e que não terão proteção alguma com o nascimento das crianças.

Em março de 2009, o Diário registrou as precárias condições de trabalho, como falta de equipamentos de proteção, até a ausência dos direitos trabalhistas da frente. O Ministério Público do Trabalho investiga o serviço oferecido pela administração.

Uma nova paralisação está prevista até o dia 7 - data e local não serão informados antecipadamente pelo Sindema.




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