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Siraque e Alvarez se encontram em feira
Cristiane Bomfim
Do Diário do Grande ABC
21/07/2008 | 09:22
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Foi com aperto de mão, tapinha nas costas, sorriso e desejo de boa sorte na campanha eleitoral que os adversários na corrida pela Prefeitura de Santo André Vanderlei Siraque (PT) e Ricardo Alvarez (Psol) se cumprimentaram na manhã de domingo. Ambos escolheram a feira livre do Parque Novo Oratório para fazer corpo a corpo. "Você está bem na pesquisa (realizada pelo Diário/Ibope e divulgada na edição de domingo), Siraque", comentou Alvarez ao encontrar o petista.

"Nos conhecemos há muito tempo, somos adversários nas eleições e temos opiniões diferentes. Isso não quer dizer que eu não o cumprimentaria. Além de tudo, há espaço para todos", justificou Alvarez. Essa também foi a reação do petista que, ao chegar na feira, causou rebuliço entre os freqüentadores. Bandeiras, panfletos e uma série de vereadores à reboque, fotógrafo oficial, assessores e até um cameraman congestionaram o corredor.

"As bandeiras, os panfletos melhoram o clima da campanha, mas não é decisivo. Acredito na inteligência do eleitor, que irá priorizar o plano de governo", disse o candidato, que em todas as visitas tem sido acompanhado de uma verdadeira comitiva bem equipada. "Estou fazendo estas visitas para prestigiar quem nos apóia e a receptividade tem sido muito boa."

Alvarez, que chegou primeiro ao local, percorreu a feira sem pressa ou estardalhaço, a não ser pelo megafone que anunciava em volume baixo sua passagem entre as barracas. Nas mãos, alguns panfletos e na ponta da língua, a proposta de inverter as prioridades. "Vamos priorizar as regiões mais carentes. Não significa que vamos abandonar uma região e cobrir outra, mas sim olhar com mais cuidado as áreas periféricas", explicou.

Para ele, essa inversão de prioridades é "justamente dar mais atenção à faixa da população que mais precisa do poder público". Em conversas com freqüentadores da feira, pediu o voto de confiança, ouviu reclamações e algumas vezes não teve sucesso na abordagem. "A gente atira para todos os lados para acertar alguém. É natural que haja essa repulsa a políticos. A corrupção, os mensaleiros criam um caldo da cultura de rejeição, porque coloca todos (candidatos) no mesmo saco."

Ele acredita que quando a população se nega a receber panfletos, ouvir propostas ou ainda ler noticiário sobre as eleições acaba perdendo a chance de analisar e refletir em quem votar. "As pessoas que se recusam acabam não votando conscientemente."




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