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Terceirizada da EMTU demite 110 pessoas
Marina Teodoro
Especial para o Diário
26/02/2015 | 07:15
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No último dia do ano passado, cerca de 110 motoristas que trabalhavam na Works Construção e Serviços tiveram a notícia de que seriam dispensados. A empresa, que prestava serviço à EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo), não conseguiu renovar a licitação neste ano, e, por esse motivo, realizou as demissões.

De acordo com trabalhadores, antes de serem cortados, a Works tentou realocá-los e orientou que trabalhassem no escritório da companhia no bairro da Lapa, em São Paulo, o que, segundo eles, não durou uma semana, já que, além de não haver serviço para todos, a maioria dos colaboradores é de São Bernardo.

Desde que as demissões foram anunciadas, os funcionários ainda não receberam FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e nem os valores da rescisão contratual. Como não foi dada a baixa na carteira de trabalho, foram poucos os que conseguiram outro emprego, e a maioria deles encontra-se sem renda desde janeiro.

O Sintetra (Sindicato dos Rodoviários do Grande ABC) foi acionado pelos colaboradores e entrou com ação judicial contra a Works cobrando os direitos dos demitidos. De acordo com o sindicato, a companhia acordou, nesta semana, que a rescisão será paga no dia 25 de março. Quanto ao FGTS, ainda há uma espera do alvará da 3º Vara da Justiça de Trabalho de São Bernardo que, conforme prevê o sindicato, deve sair por volta do dia 5.

Enquanto isso, os ex-empregados continuam aguardando o respaldo da empresa. “São 110 pessoas sem emprego, sem resposta e, pior, sem esperança”, desabafa o motorista são-bernardense Francisco Pereira da Silva, 47 anos.

Procurada pelo Diário, a empresa não respondeu.
 




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