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Cidade do MS proíbe pesca de tucunaré no rio Paraná
Do Diário do Grande ABC
14/03/2000 | 16:20
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O prefeito de Rubinéia , José Garcia Luís (PSDB), proibiu a pesca de tucunaré na parte do rio Paraná que passa pelo município, a 700 quilômetros de Sao Paulo, na divisa com o MS. Luís argumenta que nao há legislaçao federal ou estadual que defenda a espécie introduzida nos lagos hidrelétricos dos rios Tietê e Paraná.

O peixe acabou se tornando fonte de atraçao turística e agora está ameaçado pela pesca predatória, pois os municípios nao têm base legal para fiscalizar com rigor.

O prefeito informa que o tucunaré se reproduz três vezes por ano e procura as partes rasas do reservatório para desovar. Por isso se tornam presas fáceis de pescadores clandestinos, que usam grandes redes e capturaram milhares de exemplares. Há denúncias de que os peixes sao vendidos para indústrias de raçao para animais.

O Instituto Brasileiro de Meio e Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) nao considera predatória a pesca do tucunaré nos grandes lagos hidrelétricos. De certa forma até estimula a captura por ele ser predador de espécies nativas que ainda se reproduzem nos pequenos afluentes. A Secretaria Estadual do Meio Ambiente e a Polícia Florestal, que mantêm convênios federais para atuaçao no Estado de Sao Paulo, também nao combatem a pesca do tucunaré para fins comerciais nos grandes lagos hidrelétricos.

Segundo o prefeito de Pereira Barreto, Washington Luis de Oliveira , que também pretende proibir a pesca no seu município, a reduçao de tucunaré no lago está espantando os turistas. Paulo Arantes, diretor de turismo do município, afirma que nos Estados Unidos há regioes que proíbem a pesca de espécies esportivas por pescadores profissionais. O motivo seria o fato de o retorno econômico e social do turista ser muito maior para a comunidade.

Em visita a Araçatuba no fim do ano passado, o ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, disse ser favorável à transferência do comando da política ambiental para os comitês de microbacias hidrográficas instituídos pelo governo de Sao Paulo. Para Sarney Filho a estrutura de formaçao dos comitês, com políticos, empresários e organizaçoes nao-governamentais ligadas à natureza, é adequada para definir a política ambiental de cada regiao do Estado.




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