Os grevistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e o governo federal irão apresentar conjuntamente na sexta-feira uma proposta intermediária para tentar acabar com a paralisação dos servidores que nesta quinta-feira completa 64 dias. O maior impasse é sobre a gratificação dos funcionários. A categoria deseja uma gratificação fixa, enquanto o governo ofereceu prêmio pela produção.

De acordo com a assessoria da Fenasps (Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Previdência Social), o objetivo é buscar uma solução intermediária entre os interesses dos funcionários e do governo.

O ministro da Previdência Nelson Machado informou nesta quarta-feira que nos últimos dez anos os funcionários do órgão ficaram 400 dias em greve e que o fim da paralisação atual é necessário para moralizar o órgão. O ministro participou da cerimônia de posse do novo presidente do INSS, Valdir Moysés. Nos discursos, ambos afirmaram que a principal meta da nova gestão é reduzir filas e melhorar o atendimento.

Nesta quarta-feira, cerca de 25 servidores do INSS do Grande ABC participaram da assembléia estadual da categoria realizada em São Paulo, que decidiu pela continuidade da greve. As agências da região permaneceram fechadas.

Receita - Nesta quinta-feira, os técnicos da Receita Federal do Grande ABC realizam assembléias para definir a continuidade da paralisação dos servidores. Os indicativos de greve para a próxima semana são de 72 ou 120 horas.