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Cartola está 'pronto' para assumir vaga na Câmara
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
04/04/2010 | 10:29
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André Henriques/DGABC


Os rumores de que o PMDB de São Bernardo estaria de malas prontas para ingressar na administração de Luiz Marinho (PT) cria expectativa no primeiro suplente do partido, Pery Cartola. Isso porque caso as negociações avancem e a legenda concretize adesão ao governo, o vereador Tunico Vieira pode deixar a Câmara para assumir secretaria no Executivo.

Há hoje duas correntes no ambiente político da cidade. Uma que dá como certa a mudança de lado do PMDB, que hoje é oposição. Outra, oficial, de dirigentes da sigla e dos principais atores envolvidos, preza pela ponderação, pois não há nada definido.

"Não há nenhuma informação concreta. Estou na expectativa, pronto e preparado. Mas ainda são boatos. O próprio partido não me fala muita coisa", discorre Pery Cartola, que na semana passada esteve no Legislativo em busca de dados mais palpáveis.

Sobre a possível oferta de o PMDB comandar a Secretaria de Relações Internacionais - hoje vaga em função da saída de Evandro de Lima para disputar a eleição -, o suplente recorre ao histórico da legenda para justificar uma suposta negativa.

"Tínhamos 5.000 votos em 2004. Em 2008 obtivemos 33 mil. Isso tem de ser respeitado. Podemos ter espaço maior no governo", avaliou, ao referir-se à Pasta de menor expressão.

Indagado se o possível mandato seria de oposição ou situação, Pery observou que acompanharia a orientação partidária, mas não deixou de alfinetar a administração de Luiz Marinho. "Está deixando a desejar. Se continuar assim abre espaço para muita gente em 2012."

TUNICO - O vereador Tunico Vieira é o principal alvo do Executivo. Alguns já consideram certa sua ida para o governo petista. Mas o parlamentar faz questão de ressaltar que não houve qualquer convite pessoal da administração.

"Já nos procuraram no início do mandato para ofertar condições ao partido, mas não especificamente para mim. No momento não existe nada definido. São só especulações, apesar de ainda haver sondagens", frisou o peemedebista, que na última sessão votou contra projeto da Prefeitura e foi enfático ao criticar a matéria, que considerou inconstitucional.

Tunico faz questão de salientar que todos os compromissos que assume na carreira política levam em consideração duas bases: o desafio pessoal e a possibilidade de ajudar a cidade. "Mas até agora esses dois elementos não constam em qualquer proposta", considerou, ao negar a intenção de assumir a Secretaria de Relações Internacionais, organizada por ele na gestão William Dib (PSDB - 2003 a 2008).

O vereador destacou também que o PMDB o deixa - assim como os demais militantes da legenda - em situação delicada, pois apoia um projeto em âmbito federal, com adesão ao PT, e outro na esfera estadual, com aproximação ao PSDB. Se a eleição fosse hoje, ele estaria nos dois palanques. "Esse é um problema da legenda que não foi criado por mim."




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