"Esse resultado nos deixa mais tranqüilos. Percebemos que, dentro do bolsao de desempregados - 22,5% da Populaçao Economicamente Ativa do Grande ABC, dados de maio -, a participaçao dos qualificados é maior do que a dos que possuem baixo grau de instruçao. Aparentemente, teremos mais facilidade de resolver o problema dos menos favorecidos, o que é uma prioridade do prefeito Maurício Soares", disse Leao.
O secretário destacou o alto índice de mulheres procurando trabalho nas frentes: cerca de 70% do total de candidatos foi do sexo feminino. "As mulheres querem reforçar o orçamento dos lares", afirmou. Um exemplo disso é a dona de casa Maria Brito da Silva, 44 anos, mae de quatro filhos e desempregada há quatro anos, que compareceu na tarde de sábado no Emef Jorge Marcos de Oliveira, no Areiao, em Riacho Grande. "Quero ver se arrumo um trabalho na área de limpeza para ajudar meu marido a pagar as contas de água e luz, que estao muito altas" disse Maria, que mora há 13 anos no Areiao.
Se for convocada, Maria vai receber, como os demais contratados, um salário mensal de R$ 150, além de cesta básica, vale-transporte, férias e 13º salário por uma jornada semanal de 32 horas nos serviços de limpeza e conservaçao dos espaços públicos, além de oito horas por semana de cursos de requalificaçao profissional. O contrato tem duraçao de um ano e pode ser renovado por mais um.
A primeira lista dos convocados deverá ser divulgada na próxima segunda-feira, dia 12, e deverá conter entre 700 e 500 nomes. O início das atividades está previsto para agosto.
Outro interesse - Também merece destaque o número de pessoas que buscaram na frente de trabalho uma oportunidade de atualizaçao profissional com os cursos de requalificaçao, deixando o salário para um segundo plano.
"O importante para mim é aproveitar o curso e depois arrumar uma coisa melhor. O salário de R$ 150 e a cesta básica sao suficientes para minha sobrevivência", disse o ajudante de eletricista Gilson Rodrigues Mendes, 28 anos, desempregado há 2 anos e meio.
Mendes explica que, desde que foi demitido de seu último emprego, vem executando serviços de toda ordem a qualquer preço - os chamados "bicos". "No último período de férias, eu vendia iscas de pesca na Billings e arrecadava de R$ 200 a R$ 300 por mês. Mas o que eu quero é voltar a ter um registro na carteira de trabalho."
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