Se o Corinthians conquistar o 25º título paulista, Geninho dará mais confiança ao próprio grupo para ir em busca do sonho de vencer a Libertadores. Oswaldo está em situação contrária e a necessidade de ganhar vai além da soma de conquistas: é seu emprego que está em jogo, assim como o de muitos jogadores.
O duelo ultrapassa os comandantes. Jorge Wagner fez a torcida esquecer a ausência de Ricardinho, hoje do outro lado. O meia são-paulino não quer comentar sobre o assunto. Pensa apenas em aproveitar o que chama de nova fase na sua carreira e divide a responsabilidade de conquistar um título pelo clube do Morumbi. “Estamos em busca do primeiro. Queremos essa conquista e outras mais.”
Nem mesmo a vantagem de jogar por dois resultados iguais deixa o ambiente mais tranqüilo. “Não podemos pensar em vantagem em 180 minutos. Vamos levá-la em consideração perto do final do segundo jogo”, disse Oswaldo de Oliveira, que não contará com o lateral Leonardo Moura, lesionado na região pubiana.
Motivação – No Corinthians, Geninho não esconde sua motivação para levantar a taça. O treinador quer garantir seu primeiro título paulista. Nas duas vezes em que ele quase chegou lá, fracassou. “Nas quartas-de-final do Paulista de 1991, eu dirigia o Botafogo. Nosso time vencia o Palmeiras por 1 a 0, mas tomamos dois gols do Edu Marangon no final e acabamos eliminados. A outra vez foi com o Santos nas semifinais de 2001, diante do próprio Corinthians, quando sofremos aquele gol do Ricardinho. Como 80% da minha formação como jogador e técnico foi aqui no estado paulista, eu gostaria muito de conquistar esse troféu”, afirmou Geninho, que levou um susto neste sábado pela manhã, pois o lateral Kléber sofreu entorse no tornozelo esquerdo, mas está confirmado.
O atacante Liédson faz suas as palavras do companheiro. “Ser campeão paulista com o Corinthians em apenas dois meses de clube seria a consagração, algo difícil de descrever. Ainda não conquistei nenhum título e seria muito bom quebrar essa marca”, disse o jogador.
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