Os metroviários de Sao Paulo decidiram nao entrar em greve, aceitando a contraproposta da diretoria da Companhia do Metropolitano (Metrô) que garante a manutençao de todas as conquistas do atual acordo coletivo. O Metrô vai retirar o pedido de efeito suspensivo do Tribunal Superior do Trabalho (TST) referente a todo acordo coletivo da categoria e a empresa e funcionários voltarao a decidir reajustes em agosto. A greve estava marcada para a 0h desta segunda.

Para o presidente do sindicato, Onofre Gonçalve de Jesus, essa nao é a proposta ideal, mas a manutençao do acordo coletivo da categoria, ou seja, os benefícios como ticket refeiçao, cesta básica, auxílio-creche entre outros é uma garantia para os servidores. "Acredito que as negociaçoes chegaram no limite, por isso decidimos retomar as nossas reivindicaçoes com a empresa, como o reajuste salarial, em agosto".

Ele também lembrou que no ano passado, o reajuste da tarifa foi de 11,5% e o reajuste salarial da categoria ficou em 3,88%. "Se houver aumento da tarifa, vamos acatar a proposta da empresa e a categoria irá fazer a primeira greve a favor da populaçao".

Jesus disse que a paralisaçao de sexta-feira está sendo negociada com a empresa, já que está previsto para essa segunda-feira o julgamento da legalidade da greve pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Os metroviários realizaram greve na última sexta-feira, em protesto contra a decisao do Metrô de pedir efeitos suspensivos do acordo coletivo da categoria.