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Adelto sinaliza PP próximo de Donisete

Antes ligado a Vanessa Damo, vereador de Mauá sugere adesão do partido ao PT em 2016

Caio dos Reis
Especial para o Diário
24/02/2015 | 07:34
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Ricardo Trida/DGABC


Na coligação da então prefeiturável e deputada estadual Vanessa Damo (PMDB) no pleito de 2012, o vereador de Mauá Adelto Cachorrão (PP) já acena que seu partido deve apoiar o projeto de reeleição do prefeito Donisete Braga (PT) em 2016. Hoje pertencente à bancada de sustentação ao PT, o progressista assumiu a vaga parlamentar deixada há sete meses por Ivann Gomes, o Batoré, que era oposição e foi cassado por infidelidade partidária ao trocar o PP pelo PRB.

Embora Vanessa seja potencial candidata ao Paço novamente no ano que vem, Cachorrão admitiu que não há conversas para a situação se repetir e indicou preferência pessoal por Donisete, porém evitou antecipar o processo, deixando a cargo do diretório municipal. “Como vereador, já está decidido que sou da sustentação. Agora para a eleição do ano que vem cabe ao diretório decidir. Evidentemente, o PP vai escolher o melhor projeto para a cidade e atualmente estamos com o governo”, disse.

O parlamentar sinalizou que haverá nas próximas semanas encontro com o deputado federal e presidente estadual do PP, Paulo Maluf , e mandatário da executiva local, Ronaldo da Comport, para definir o posicionamento do partido no páreo. Nos bastidores, a postura deve ser decidida até o fim do primeiro semestre deste ano.

Cachorrão participou de três eleições por cadeira na Câmara mauaense (2004, 2008 e 2012). Na última eleição, ele conquistou 1.628 votos e ficou como primeiro suplente da legenda – ficou de fora por 90 sufrágios. Funcionário de carreira do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) há 22 anos, o parlamentar também foi assessor de Donisete Braga por três anos e de Vanessa Damo na Assembleia Legislativa por oito meses.

No cargo legislativo desde julho de 2014, Cachorrão não teme reviravolta no caso de Batoré. “Além da infidelidade, o Batoré está respondendo por improbidade. Tudo o que foi denunciado está sendo exposto também no Ministério Público. No TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo), ele perdeu por sete a zero. Agora está no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em Brasília”, alegou o vereador, ao defender que não tem “nada contra o comediante”. “Estou tranquilo porque eu apenas fui atrás de um direito nosso”, disse, referindo-se ao pedido da cadeira na Justiça.

Ex-dependente químico e livre do vício há 14 anos, o progressista afirmou que vai procurar Donisete Braga para discutir a possibilidade de criação de um Conselho Municipal AntiDrogas. “O crack me fez perder muitas coisas e passei por muitos momentos difíceis por causa das drogas. Devo procurar o prefeito em breve para discutir a criação desse conselho”, justificou. Após deixar as drogas, o parlamentar começou a dar palestras de conscientização para jovens.

O vereador inaugurou sábado escritório político no Parque das Américas, bairro onde reside até hoje. “Esse escritório vai ser como uma extensão do gabinete e é importante para parte da população que não tem condições de ir até a Câmara”, sustentou o progressista.




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