São Bernardo é a melhor cidade brasileira com menos de 1 milhão de habitantes para o investidor que pretende construir imóveis residenciais e revender. Santo André, por sua vez, aparece na terceira posição nacional, aponta pesquisa da Prospecta Inteligência Imobiliária – P2i. A segunda posição entre os 5.553 municípios brasileiros analisados é de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.

Entre os pontos que garantem o bom posicionamento de atratividade aos construtores e empreiteiros estão a renda média elevada das famílias, o deficit imobiliário e a idade média da população entre 20 e 49 anos (principais clientes para adquirir imóveis), explicou a diretora de projetos da Prospecta, Juliana Melo de Oliveira. “Também utilizamos variáveis complementares, como a quantidade de domicílios próprios e usados e o PIB (Produto Interno Bruto) dos municípios”, complementou.

Diretor administrativo e do conselho fiscal da Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC), Marcus Vinícius Santaguita reconhece o potencial de ambos municípios, mas destaca que há um limite, o médio-baixo padrão. “Hoje, a maioria do público tem buscado imóveis de valor de até R$ 350 mil, (faixa para a qual) a procura é grande. Está muito associado com a renda da região, portanto, tem muito espaço para trabalhar.”

Santaguita diz que os construtores que apostarem em imóveis de menor valor, de até R$ 170 mil, terão melhor resultado ainda. Para o diretor do SindusCon-ABC (Sindicato da Indústria da Construção da região), Sérgio Ferreira dos Santos, a demanda aloja-se no intervalo de até R$ 200 mil. “É próximo à faixa dois do Minha Casa, Minha Vida. E há bastante espaço para construir.”

A diretora da imobiliária Plazza Realty Brasil, Valéria Corrêa, exemplifica a força da busca por imóveis novos com preços próximos a R$ 200 mil. “Em São Bernardo, por exemplo, para ter noção da carência da cidade, lançamos recentemente empreendimento de 650 unidades (com preços nesta margem). Vendemos cerca de 500 em uma semana.”

Santos opinou ainda que a oferta de crédito só contribui para escoar os imóveis novos. “Muita gente vem para cá por causa da qualidade de vida, proximidade com a Capital e também pelo menor custo imobiliário”, avaliou Santaguita.