O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central elevou, pelo terceiro mês consecutivo, a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 0,50 ponto percentual, de 16,75% para 17,25% ao ano. O viés não foi adotado, ou seja, os juros não poderão ser alterados até a próxima reunião do grupo, que acontece nos dias 14 e 15 de dezembro. A decisão, adotada por unanimidade, já era aguardada pelo mercado financeiro diante da pressão inflacionária.

Na justificativa, o Copom informou apenas que está “dando prosseguimento ao processo de ajuste da taxa de juros básica” anunciado em setembro.

A taxa Selic é o instrumento monetário utilizado pelo governo federal para conter a pressão inflacionária. Por meio da alta dos juros, é possível frear o consumo da população e, assim, reduzir o volume de dinheiro em circulação, inibindo a expansão dos preços. No caso contrário, quando os índices apontam deflação, o Banco Central encontra-se livre para adotar a redução dos juros, estimulando a economia.

Ao calcular a Selic, o Copom leva em consideração diversos fatores, entre eles a previsão da inflação futura, dos próximos 30 dias, e as tendências momentâneas de queda ou elevação dos preços da economia. Além disso, as condições da economia internacional também são consideradas.