Política Titulo Balanço
Dib ressalta aprendizado
no primeiro ano em Brasília

Único representante do Grande ABC na bancada de oposição,
deputado ainda luta para emplacar bandeiras na Câmara

Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
31/12/2011 | 07:54
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Único representante do Grande ABC na bancada de oposição ao governo Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, o tucano William Dib avalia que seu primeiro ano em Brasília foi de aprendizado. "A sistemática é diferente, porém os anos vividos nas atividades governamentais me permitiram atuar sem maiores problemas", declarou.

O tucano tomou posse em fevereiro na capital federal. No período, apresentou dez projetos de lei (todos aguardam votação) e integrou as comissões de Desenvolvimento Urbano, Viação e Transporte, Segurança Pública, Políticas Públicas Contra as Drogas e Reforma Política.

Uma das principais bandeiras do deputado foi o projeto de lei de medidas antibullying, do qual é autor e relator. "Fizemos um bom trabalho. Foi realizado simpósio em São Bernardo e um grande encontro em Brasília com a presença de personalidades como o cartunista Maurício de Souza".

O tucano entregou o texto final do projeto, que deverá ser votado em março. "Para aprovar uma matéria na Câmara temos de ter consenso. Devido à complexidade, necessitam de um tempo maior de maturação do texto ideal", justifica.

Dib também esteve à frente das discussões da reforma política, na condição de segundo vice-presidente da comissão que trata do tema. O assunto voltou a ser discutido no início do ano. O objetivo era garantir que o Congresso modificasse o sistema eleitoral vigente já para as eleições municipais de 2012, o que não aconteceu.

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) determina que qualquer alteração na legislação eleitoral deve ocorrer no máximo até um ano antes do pleito. Assim, se a reforma política não for aprovada até outubro de 2013 também não valerá para as eleições de 2014. "O fator negativo disso é a frustração para o povo, que deseja mudanças no sistema e não vê ocorrer, levando ao descrédito da classe política", avalia Dib.

Desde o início do debate, ficou evidente que a falta de consenso é o principal entrave para a reformulação do sistema político-eleitoral brasileiro. O vice-presidente Michel Temer (PMDB) é ferrenho defensor do voto distrital, em que os candidatos seriam separados por distritos e competiriam por votos em áreas delimitadas pelo TSE. Em contrapartida, a maioria da bancada do PT na Câmara defende o voto em lista fechada, em que o eleitor votaria apenas nos candidatos indicados pelo partido.

OPOSIÇÃO
Durante o ano, o ex-prefeito de São Bernardo seguiu à risca a condição de oposição ao PT. O tucano condenou a definição do aumento do salário mínimo para R$ 545. Acompanhando a bancada do PSDB, Dib defendeu que a remuneração fosse de R$ 600.




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